Empresas aéreas estão apostando em uma nova geração de jatos supersônicos que podem reduzir à metade o tempo de viagem. A American Airlines é uma delas. Encomendou 20 unidades do modelo Overture, da startup Boom Supersonic ao custo de US$ 200 milhões cada. O avião promete cruzar os céus entre Miami e Londres em pouco menos de cinco horas.
A maior companhia aérea do mundo também tem a opção de comprar outros 40 jatos com ''asas de gaivota'' que a Boom planeja lançar até 2025. Os aviões não começarão a transportar passageiros até o fim da década, com o objetivo de preencher um vazio deixado quando o Concorde parou de voar em 2003.
Com base em compromissos anteriores da United Airlines e Japan Airlines, o acordo da American expande a carteira de pedidos da startup para 35 encomendas firmes e 130 pré-encomendas e opções.
- O que estamos realmente vendo é que o supersônico está de volta, e está de volta de uma forma definitiva - disse Blake Scholl, fundador e CEO da Boom Technology, em entrevista.
Overture - Foto: reprodução/Boom Supersonic
A Boom está projetando o Overture para transportar de 65 a 80 passageiros a velocidade Mach de 1,7 - ou quase o dobro da velocidade do som - sobre a água, cerca do dobro dos jatos convencionais. O , com um alcance de 4.250 milhas náuticas (7.871 km). Os viajantes poderão ser levados de Los Angeles a Honolulu em três horas.
Scholl tem como objetivo uma base de clientes mais ampla do que a do Concorde, que atendia celebridades e pessoas de alta renda com passagens que custavam até quatro vezes o preço de uma tarifa típica de primeira classe na época.
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Apenas 14 concordes foram fabricados para fins comerciais. As vendas da Boom já somam o dobro desse número, e Scholl diz que uma nova parceria para uma versão militarizada da Northrop Grumman poderia render potencialmente centenas de novos pedidos.
Combustível 100% sustentável
A fabricante, com sede em Denver, nos Estados Unidos, planeja operar suas aeronaves com combustível de aviação 100% sustentável, um atrativo de venda para passageiros preocupados com as mudanças climáticas. Mas pouco se fala sobre quem fará os motores mais limpos que alimentarão suas aeronaves.
- Faremos um anúncio significativo nos próximos meses. E não se trata apenas da tecnologia do motor, mas também do modelo de negócios. Há muitas oportunidades de inovação - afirma Scholl.
Fonte - Agência o Globo
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