A competitividade do setor industrial está diretamente vinculada ao custo da matéria-prima utilizada em seu processo produtivo. O aumento recém-anunciado de 19,01% nas contas de energia elétrica dos consumidores cativos de alta tensão, que entra em vigor nesta sexta-feira (29), acende um alerta importante para o setor, já que esse é um dos principais insumos utilizados na indústria. Uma luz no fim do túnel para pequenas indústrias de alimentos, a exemplo das padarias, pode ser a otimização do uso desse recurso, com a adoção de ações de eficiência energética. A redução na conta pode chegar a 15%, a depender da realidade de cada negócio.
Consultor em Eficiência Energética do Instituto SENAI de Tecnologia em Materiais e Processos Produtivos, Ricardo Chalegre afirma que a consultoria em Eficiência Energética pode ser benéfica para ajudar esse setor a se manter competitivo, uma vez que pode ajudar a segurar o preço de venda dos seus produtos. “As fábricas do segmento de alimentos, como as padarias, transferem diretamente o custo do aumento da energia para os itens que produz. Isso chega muito rápido ao bolso do consumidor”, explica.
O especialista aponta que promover pequenas mudanças na rotina de produção já pode ajudar nessa redução. Na utilização do forno elétrico, por exemplo, uma sugestão é distribuir melhor a produção ao longo do expediente, evitando ligar o forno e utilizá-lo na capacidade máxima em períodos específicos do dia. “O momento de ligar o forno elétrico consome muita energia elétrica, porque ele precisa esquentar bastante para atingir a temperatura desejada. O esforço de mantê-la é muito menor”, detalha.
Ainda dentro da cozinha, o consultor reforça que evitar a prática do rebobinamento de equipamentos que utilizam motores, a exemplo das masseiras, é importante para evitar o aumento no consumo de energia. “Nesse processo, você muda as características do motor, que perde eficiência e não funciona mais da mesma forma. Com o passar do tempo, o aumento no consumo de energia de um motor rebobinado pode chegar a 5%”, alerta.
Outro ponto de atenção são as câmaras frias. Segundo Chalegre, é importante evitar a abertura constante das portas desses aparelhos, além de verificar constantemente se a borracha de vedação está em bom estado. “A instalação de dispositivos sonoros que alarmem quando a porta ficar aberta por um tempo maior do que o necessário pode ajudar nesse controle”, reforça. Ainda no quesito refrigeração, vale atentar para o funcionamento do sistema de climatização do local. Ao invés de ligar e desligar o aparelho de ar-condicionado com frequência, a melhor alternativa é mantê-lo ligado na temperatura média de 23 °C.
Mais Energia, Menos Custos - Iniciativa conjunta da FIEPE, do SENAI-PE, do SEBRAE-PE e da Neoenergia Pernambuco, o Programa Mais Energia, Menos Custos oferece um pré-diagnóstico gratuito às indústrias interessadas em entender melhor seu perfil de consumo e estimar possíveis redução de desperdícios com a otimização do uso de energia elétrica no processo produtivo. Podem se inscrever no projeto indústrias de vários segmentos e regiões, de todos os portes, desde que sejam consumidoras do mercado cativo de energia elétrica. Outras informações pelo https://mkt.pe.senai.br/maisenergiamenoscustos.
Sistema FIEPE - Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do SENAI – que atua na formação profissional e oferece serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação – conta ainda com a FIEPE, o SESI e o IEL. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Pelo SESI-PE, são oferecidos serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral. Já o IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.
Da Vera Cruz Comunicação para o Blog do Fredson
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