quarta-feira, 23 de junho de 2021

PERSEGUIÇÃO - MATADOR DO DF ACUMULA 4 ORDENS DE PRISÃO, 6 ASSASSINATOS E MAIS DE 1.000 DENÚNCIAS SOBRE PARADEIRO


A Justiça de Goiás inseriu no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão) uma ordem de prisão contra Lázaro Barbosa de Sousa, 32, o "serial killer do DF". 
É relativa a um caso de 2020, em que ele foi apontado como o autor de uma tentativa de latrocínio (matar para roubar) e roubo mediante restrição da liberdade das vítimas em Cocalzinho de Goiás (GO), região onde a polícia realiza as buscas.

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Com esse novo registro, incluído na sexta-feira (18), chegam a quatro os mandados de prisão contra ele no sistema administrado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Envolvem crimes cometidos em Goiás, no Distrito Federal e na Bahia.

A perseguição a Barbosa chegou nesta terça (22) ao 14º dia, com as forças de segurança lidando com dificuldades para localizá-lo. Barbosa se refugiou nas cercanias do povoado de Girassol (GO) onde existem muitas chácaras e mata, área cortada por córregos. O procurado é apontado pelas autoridades como mateiro, bastante conhecedor do terreno por onde se movimenta.

A SSP-GO (Secretaria de Segurança Pública de Goiás) criou um disque-denúncia para receber informações sobre o caso. Em um intervalo de apenas 24 horas, houve cerca de 1.000 dicas, a maioria delas trote, informou a secretaria.

Desde que assassinou uma família em Ceilândia (DF), no dia 9 deste mês, ele vem escapando ao cerco policial. Durante a fuga, segundo a polícia, cometeu novos crimes –baleou moradores de uma chácara, fez outros de reféns, roubou carros e armas. Trocou tiros com um funcionário de uma fazenda e também com policiais.

Uma megaoperação foi montada com o objetivo de capturá-lo, incluindo polícias estaduais de Goiás e do DF, e as polícias Federal e Rodoviária Federal. Foram mobilizados mais de duzentos agentes de segurança.

Além do quádruplo latrocínio (matar para roubar) em Ceilândia, é atribuída a ele a tentativa do mesmo tipo penal em 2020, ao invadir chácara em Santo Antônio do Descoberto (GO) para roubar e atingir um idoso com um machado.

Foi por conta dessa ocorrência que a Justiça de Goiás incluiu no banco nacional de mandados do CNJ mais uma ordem de prisão contra Barbosa. As circunstâncias daquele crime mostram a maneira de agir do criminoso, réu em ação penal após ser denunciado pelo Ministério Público. De acordo com a ocorrência, ele invadiu a propriedade para roubar.

"Vale registrar que todas as vítimas são idosas e foram surpreendidas quando jogavam dominó na varanda da residência", narrou o juiz do caso, Marlon Rodrigo Alberto dos Santos, da comarca de Santo Antônio do Descoberto.

"Além das ameaças psicológicas e do terror causado a todo momento, o denunciado restringiu a liberdade das vítimas trancando-as no quarto. Posteriormente, valendo-se de um machado, danificou as janelas dos quartos, a porta da sala, da cozinha e dos fundos."

Na sequência, segundo as apurações, Barbosa atingiu com um golpe de machado a cabeça de um idoso, causando-lhe uma fratura de base de crânio. Pegou um facão e passou a agredir outra vítima nas costas e nos braços.

Deixou o local com quatro smartphones, R$ 500 em espécie e uma arma de fogo revólver calibre .38. O fugitivo possui condenação por duplo homicídio na Bahia. O crime ocorreu em Barra do Mendes, onde nasceu. A cidade fica distante cerca de 500 km de Salvador.

Após ficar foragido da polícia baiana por mais de uma semana, ele disse em depoimento que resolveu se entregar para "pagar pelo que tinha feito". Escapou do presídio depois. É considerado foragido da Justiça também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo, acusação que o levou à cadeia em 2013 na capital do país.

Após três anos, progrediu para o regime semiaberto e fugiu da cadeia. De acordo com informação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, ele não retornou ao sistema após uma saída temporária. Há mandados de prisão no BNMP em razão desses casos. Em 2018, Barbosa foi preso pela polícia de Goiás, mas conseguiu escapar novamente. Desde então, vinha sendo procurado pela polícia.

Por Marcelo Rocha - Folhapress

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