O Governo de Pernambuco apresentou, na tarde desta quarta-feira (17), um panorama das atividades de enfrentamento ao coronavírus durante os dias que seriam atribuídos ao Carnaval 2021. Com a presença de representantes das áreas de Saúde, Segurança e Justiça, os gestores ressaltaram um balanço positivo em todo o estado, sem registros expressivos de festas, aglomerações ou descumprimento às recomendações da pandemia. Ao todo, foram feitas cerca de cinco mil ações de fiscalização. Nos polos mais tradicionais da folia, como o Sítio Histórico de Olinda e o Bairro do Recife, onde os bares e restaurantes estiveram proibidos, não foram registrados casos de destaque.
“Nós agradecemos a cada pernambucano, que atendeu ao chamado do poder público e viu que não era possível fazer Carnaval na pandemia. Conseguimos com isso, evitar cenas de desrespeito como aconteceram em outros estados, como o Rio de Janeiro e Minas Gerais”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. “Vamos manter, em casa e na rua, toda a precaução existente até hoje, cabendo ao Governo a manutenção da fiscalização”. Segundo ele, seguem mantidas, pelos próximos 30 dias, as proibições de shows, apresentações culturais, assim como a necessidade de redução da capacidade e distanciamento em estabelecimentos.
O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, também presente na coletiva de imprensa, destacou que o período de Carnaval em Pernambuco foi considerado tranquilo. Em seu relatório, foram 1.983 lançamentos de policiamento ostensivo, além do ordinário já existente, atuando do Litoral ao Sertão. “Da sexta-feira até a Quarta de Cinzas, houve uma baixíssima procura por focos de folia por pessoas desavisadas, mas sem presença de blocos ou qualquer tipo de agremiação”, afirmou o gestor da pasta. Ele enumerou, ainda, 5.323 ações das forças integradas, incluindo o Procon, autoridades de trânsito e a Vigilância Sanitária.
O serviço telefônico 190, da Polícia Militar, recebeu uma média de 420 denúncias e 37 pessoas foram conduzidas a delegacia. Conforme Pádua, duas ocorrências chamaram a atenção, sendo a primeira uma festa particular em uma marina, no bairro de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes. Por lá, uma centena de pessoas estavam reunidas e o estabelecimento foi interditado, com o público dispersado. Além disso, outro evento carnavalesco foi identificado em uma residência, no bairro do Passarinho, na Zona Norte do Recife, com a condução do responsável para a delegacia e a devida autuação.
Questionados pelo Diario, os gestores se mostraram otimistas com a projeção para 2022, idealizando boas expectativas para um Carnaval em 2022. “É algo que vai depender muito da realidade dos próximos meses e o quantitativo de fabricação e entrega de vacinas. A vacinação de toda nossa população pernambucana, até o segundo semestre, é algo que nos permitiria um retorno gradual das nossas atividades. Sendo realista e esperançoso, salvo esta realidade de evolução, poderíamos então entrar no ano que vem pensando na possibilidade do Carnaval de rua novamente”, explicou o secretário de Saúde, André Longo.
Fonte - Diário de Pernambuco
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