O segundo paciente do mundo a se curar do HIV não apresenta sinais do vírus há 30 meses, de acordo com resultados publicados na revista The Lancet HIV. Registrado na literatura médica como 'Paciente de Londres', ele foi submetido a um transplante de células-tronco em maio de 2016 e, nos 18 meses seguintes à cirurgia, exames de sangue não identificaram mais o vírus.
Os pesquisadores, então, fizeram o anúncio sobre a história do paciente anônimo. Porém, eles só se sentiram confiantes em classificar o caso como cura após três anos do desaparecimento do vírus.
Há quase 10 anos, ficou conhecido o primeiro paciente a obter a cura. Timothy Ray Brown, classificado inicialmente como 'Paciente de Berlim', foi diagnosticado com leucemia, além do HIV, e teria enfrentado dois transplantes de células-tronco. O doador tinha uma mutação na proteína CCR5. Assim, o paciente teve de enfrentar uma dosagem de medicamentos imunossupressores e sofreu uma série de complicações; chegou a ficar em coma induzido e quase morreu.
No entanto, 12 anos depois do acontecido, não havia mais vírus detectado no organismo do paciente, segundo os pesquisadores.
Os casos abriram leque de possibilidades para a cura da aids e os cientistas seguem buscando formas de enfrentar a infecção pelo HIV. A estimulação do sistema de defesa do corpo humano tem sido uma das estratégias mais adotadas pela comunidade científica.
Fonte - Diário de Pernambuco
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