A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou, na noite desta quarta-feira (26), que notificou, entre os dias 15 e 25 de fevereiro, 142 casos de pessoas que alegaram terem sido furadas por agulhas durante as festas de carnaval do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Igarassu e Orobó. Dessas, 81 são do sexo feminino e 61 do sexo masculino.
Após triagem no Hospital Correia Picanço, referência estadual em doenças infecto-contagiosas, 111 pacientes realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções. "Os demais, ou se recusaram a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação), e, consequentemente, o tratamento, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início da medicação. Todos foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento", informou a SES.
Os pacientes foram orientados a realizar o monitoramento permanente de possíveis infecções no próprio Hospital Correia Picanço ou nos Serviços de Atenção Especializada (SAE), espalhados por vários municípios do estado. É importante ressaltar que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média apenas 0,3%. Todos os pacientes também receberam a indicação de procurarem os órgãos policiais para investigação das ocorrências.
Em 2019, cerca de 300 pessoas deram entrada no Hospital Correia Picanço alegando terem sido furadas por seringas durante os festejos de Momo. Não houve casos positivos relacionados a este evento.
Segurança
A Polícia Civil de Pernambuco informou que registrou, do sábado até a terça-feira de Carnaval, 64 boletins de ocorrência com denúncias de pessoas relatando terem sido atingidas por algum tipo de objeto perfurocortante. Foram dez denúncias no sábado (22), 15 foram feitas no domingo (23), 18 denúncias na segunda-feira (24) e 21 na terça-feira (25). Entre os casos registrados ontem, está o de um homem que informou ter sido lesionado na cidade de Aracajú, no estado de Sergipe. Inquéritos foram instaurados e os casos estão sendo investigados.
Uma parte dos denunciantes relatou a exposição, neste carnaval, a outras formas de risco de contração do HIV e outra não soube descrever com precisão as circunstâncias e o momento em que foram tocadas pelo objeto pontiagudo. As denúncias foram registradas no posto de atendimento 24 horas que a PCPE instalou no Hospital Correia Picanço. A unidade conta com equipes formadas por delegados, escrivães, agentes e peritos papiloscopistas.
Fonte - Diário de Pernambuco
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