Em 1993, reunimos 150 mil pessoas de várias partes do Brasil e do exterior num concorrido evento no Vale do Anhangabaú, São Paulo. No local, convocamos todos a dar um tonitruante brado de Amor à vida. Autoridades, religiosos e artistas prestigiaram o encontro, entre eles os cantores.
Luta incessante
Desde 1987, a Organização das Nações Unidas instituiu o 26 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Uso e Tráfico de Drogas. Segundo o Escritório da ONU contra Drogas e Crime (Unodc), “nas últimas décadas, as tendências do uso de drogas – especialmente entre jovens – começam a convergir. No mundo todo, cerca de 200 milhões de pessoas – quase 5% da população entre 15 e 64 anos – usam drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano. Cerca de metade dos usuários as usa regularmente; isto é, pelo menos uma vez por mês. A mais consumida no mundo é a cannabis (maconha e haxixe). Aproximadamente 4% da população mundial entre 15 e 64 anos usam cannabis, enquanto 1% usa estimulantes do grupo anfetamínico, cocaína e opiáceos. O uso de heroína é um grave problema em grande parte do planeta: 75% dos países enfrentam problemas com o consumo da droga”.
Ainda para o Unodc, a melhor parceira da prevenção é estar bem informado: “É preciso saber sobre as drogas, especialmente sobre seus riscos. As drogas podem causar danos à saúde, além de diminuir a percepção de perigos. Por alterar o nível de consciência, o uso de drogas pode levar a práticas arriscadas, como sexo sem preservativo ou compartilhamento de seringas e outros materiais, que podem transmitir doenças, como o HIV/aids e a hepatite”.
Há décadas, a Legião da Boa Vontade desenvolve importante campanha educativa: Não use drogas. Viver é Melhor! Dela consistem palestras, feitas por especialistas (psicólogos, médicos, professores), em estabelecimentos de ensino, comunidades, associações de bairro de todo o Brasil e de diversos países — além dos esclarecimentos que esses profissionais levam a milhões de leitores, ouvintes e telespectadores da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, publicações e internet) —, visando conscientizar os jovens sobre tamanho perigo.
Carta de um filho para o pai
Nos idos de 1980, apresentei, em nossa Comunicação, “Carta de um filho para o pai”, publicada em O Imparcial, de Monte Alto/SP. Nela, um rapaz de 19 anos, usuário de entorpecentes, escreve um bilhete de adeus ao seu genitor. Diante da comoção dos ouvintes, determinei que o texto fosse impresso em diferentes idiomas. É indispensável o esclarecimento dos pais. Nas passeatas e panfletagem, em conferências, rádio, TV e internet, os orientamos a prestar maior atenção ao cotidiano dos filhos, suas amizades, dúvidas, ambientes que frequentam.
Muito ainda precisa ser feito para extirparmos este cancro do seio das nações. Contudo, iniciativas semelhantes às da LBV e tantas outras organizações dão-nos a esperança de que, unidos, venceremos mais essa empreitada.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
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