Na noite do dia 17/02 integrantes do Grupo Patrulha Ambiental foram requisitados para se dirigirem até uma residência na cidade de Araripina – PE, para identificar e resgatar um animal que estaria no local. Deslocaram-se até a residência os Patrulheiros, Marquel Jacob e Jeferson Lacerda, onde identificaram o animal como um Tamanduá mirim (Tamandua tetradactyla) recebe esse nome por causa do seu tamanho pequeno, se comparado ao tamanduá bandeira.
Um adulto da espécie pesa em torno de 7 quilos, tem de 45 a 85 cm de comprimento corporal e uma cauda com 40 a 65 cm. Os seus pelos são curtos e densos e recobrem seu corpo, sua coloração é amarelo pálida com duas faixas negras que se estendem da região escapular até a porção posterior do animal. A partir dessa coloração a espécie é conhecida, também, como tamanduá de colete.
O tamanduá mirim habita a América do Sul, leste da Cordilheira dos Andes, da Venezuela ao norte da Argentina e Uruguai. No Brasil, a espécie se apresenta em praticamente todo o território nacional, aparecendo na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos. É encontrado nas florestas, ambientes abertos próximos a rios e riachos.
O tamanduá mirim se alimenta basicamente de formigas, cupins e abelhas. Muitas pessoas relatam que “tamanduá” em tupi guarani significa “caçador de formigas”, pois estas, aliadas ao cupim, são os seus alimentos prediletos. Para capturar o seu alimento, o tamanduá mirim faz buracos nos formigueiros e cupinzeiros com suas garras. Sua língua é grande, coberta por espinhos voltados para trás, além disso, a sua saliva é pegajosa, e os insetos ficam grudados nela. Em um único dia, o tamanduá mirim pode visitar cerca de 50 ninhos de formigas e cupins. Portanto, a alimentação é farta! Vale lembrar que essa estratégia engenhosa para pegar o seu alimento é facilitada, sobretudo por um olfato apuradíssimo, que compensa as fracas visão e audição.
Quando se sente ameaçado ou é atacado o tamanduá mirim adota uma postura ereta, fica sobre um tripé formado pelas pernas traseiras e a sua cauda. Nesta posição ele faz uso das garras dianteiras para defender-se, podendo agarrar e arranhar o seu adversário. Caso o ataque aconteça com ele no chão, ele se escora em pedras ou árvores, fica em pé e agarra o oponente com as mãos. Eis aí o famoso “abraço de tamanduá”!
Após a resgate do animal, o mesmo foi levado até um local seguro e no dia seguinte libertado pela Agente Ambiental Wylla Marques e os patrulheiros já citados, onde realizaram a soltura do tamanduá em uma área protegida, onde, segundo o proprietário, existem outros exemplares da espécie. Os agentes alertam a população para que não se arrisquem tentando capturar animais silvestres, pois, esses animais tem suas táticas de defesa, que muitas vezes podem ser perigosas. Procure um Órgão ambiental local, o Corpo de Bombeiros ou a Patrulha Ambiental, onde dentro de seu quadro de profissionais terá pessoas capacitadas para o manuseio com esses animais.
Fonte - Patrulha Ambiental
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