Uma rebelião no maior presídio do Amazonas, que durou mais de 17 horas, registra, ao menos, 50 presos mortos. Entre as vítimas, segundo as primeiras informações, há decapitados.
O motim começou na tarde deste domingo (1º), no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), localizado no km 8 da BR-174, em Manaus.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, confirmou o número de mortos ao G1. Cerca de 25 corpos já estão no IML (Instituto Médico Legal) da capital do Estado, segundo informou a Polícia Militar.
Além das mortes, 12 agentes prisionais foram feitos reféns. Na manhã desta segunda-feira (2), eles foram liberados sem sofrer nenhum ferimento.
A contagem oficial de mortos, feridos e fugitivos só será divulgada quando os policiais assumirem o controle total da penitenciária.
A rebelião foi motivada por uma briga entre as facções Família do Norte e PCC, segundo Marluce da Costa Souza, coordenadora da Pastoral Carcerária do Estado. Ela afirma ainda que há problema de superlotação no presídio, mas não soube informar o número atual de presos e a capacidade do local.
Fuga
Em outra unidade prisional em Manaus, pelo menos 20 detentos fugiram do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), também na tarde deste domingo. Desse total, 15 fugitivos foram recapturados.
Segundo Sérgio Fontes, secretário de segurança pública da capital, esta pode ter sido a maior fuga da história do Amazonas.
A SAP, pasta que administra o sistema penitenciário do Amazonas, isolou toda a área onde ficam as duas unidades prisionais. Nas vias que dão acesso à rodovia BR-174, foram montadas barreiras policiais para auxiliar na busca por fugitivos além de impedir que parentes se aproximem dos presídios.
Da FolhaPress
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