Um homem desconhecido, de aproximadamente 1,65 m de altura, vestindo camisa verde e calça jeans, magro, de pele negra e cabelo crespo. Essa é a descrição do suspeito de matar a facadas a menina Beatriz Mota, 7, na cidade de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. O caso aconteceu dentro do Colégio Maria Auxiliadora, durante uma festa de formatura. O homem ainda não foi identificado.
As informações são da Polícia Civil, que realizou uma coletiva de imprensa ontem quinta-feira (08) para dar detalhes dos avanços na investigação do assassinato. O delegado Marceone Ferreira e o perito Gilmario Lima apresentaram informações mais concretas sobre o suspeito de matar a criança a facadas e mostraram imagens inéditas.
Segundo as informações apresentadas nesta tarde, onze pessoas afirmaram ter visto o suspeito na área do bebedouro, para onde Beatriz se dirigiu. As testemunhas também informaram que o homem fingia beber água e tinha um “olhar assustador e intimidador”. Uma criança afirmou que o suspeito a teria chamado para buscar mesas e cadeiras no local onde o corpo de Beatriz foi encontrado, mas ela se assustou e fugiu.
Um funcionário da escola contou que ao perceber a presença do estranho no local no momento em que uma criança estava bebendo água, aguardou a criança sair para ir embora também.
O objeto do crime, uma faca com cerca de 30 cm, foi deixado ao lado do corpo da criança. Nela, foi identificado um DNA masculino, o mesmo que estava nas unhas de Beatriz. A partir desse dado foram realizados 65 exames comparativos do material em pessoas suspeitas, mas nenhum resultado foi positivo. A possibilidade de violência sexual também foi descartada após exames periciais e análise da situação das roupas da menina.
Imagens do evento também estão sendo utilizadas para identificar o suspeito. O material que compõe essa análise inclui imagens do evento realizadas por fotógrafos e cinegrafistas profissionais e fotos amadoras cedidas por pessoas que estavam presentes no evento. O material inclui mais de quatro mil fotos, além das imagens e vídeos do circuito interno de segurança da escola e dos estabelecimentos comerciais que ficam próximos ao local.
Uma pessoa semelhante à descrição aparece nas imagens e foi identificada pelas testemunhas como sendo o homem que estava no bebedouro.
Entenda o caso
Beatriz Mota, 7, foi encontrada morta dentro do Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, no dia 10 de dezembro de 2015. Após se afastar da família para beber água, a garota desapareceu e seu corpo foi encontrado cerca de 40 minutos depois, vítima de 42 golpes de faca dentro de um depósito de material esportivo.
A criança estava acompanhada dos seus pais, Lúcia Mota e Sandro Romilton Ferreira, além de outros familiares, na formatura de sua irmã, Samira Angélica Mota. Durante a celebração, que acontecia na quadra esportiva da escola, Beatriz permaneceu com o seu grupo até às 22h, quando pediu a mãe para beber água no bebedouro do colégio, que fica na parte inferior da arquibancada onde estava com a família. Após se dirigir ao bebedouro a criança não foi mais vista.
Cerca de vinte minutos depois da saída da menina, a mãe resolveu procura-la. Sem sucesso, às 22h40, o pai da criança vai ao palco e faz um apelo ao microfone chamando a filha, e as buscas são intensificadas. O corpo da criança foi encontrado por volta das 22h45, dentro de um depósito desativado, ao lado da quadra onde acontecia a formatura.
O corpo de Beatriz tinha 42 ferimentos de faca no tórax, braços e pernas. A faca do crime estava ao lado do corpo.
Da Folha de Pernambuco
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