O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizará na próxima terça-feira, dia 16, o lançamento da Campanha Nacional 2016 intitulada “Se é Público, é para Todos”. O objetivo da campanha é envolver os brasileiros no debate sobre a necessidade de valorização do que é público e mostrar que defender o que é público é defender o Brasil. O evento tem início previsto para as 19h e acontecerá será na sede da entidade.
O lançamento da Campanha Nacional ainda contará ainda com a presença do sociólogo e cientista político Emir Sader, que fará uma palestra sobre a conjuntura nacional e lançará o livro “O Brasil que queremos”.
Estão confirmadas as presenças de Roberto von der Osten, conhecido por Betão, presidende da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT); Rita Serrano, dirigente da Contraf-CUT e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e Clotário Cardoso, vice-presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal). Lideranças locais também confirmaram presença.
Um dos focos do ato é a defesa da Caixa Econômica Federal 100% pública. A empresa é a principal parceira do Governo Federal na execução das políticas públicas, é agente operadora do Programa Bolsa Família e é a maior responsável pelos empréstimos do Sistema Financeiro de Habitação. Além disso, gerencia o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que protege o trabalhador demitido sem justa causa e financia programas de saneamento básico e infra-estrutura.
Além da Caixa, a Campanha “Se é Público, é para Todos” também pretender conscientizar a população dos intentos do governo interino para os bancos do Brasil e do Nordeste (BNB). Representantes do governo de Michel Temer têm defendido reiteradamente a privatização das empresas públicas. Projetos que precarizam a função social dessas empresas e enfraquecem a representação dos trabalhadores já estão em tramitação no Congresso Nacional.
São exemplos disso o Projeto de Lei 4.567, que propõe retirar da Petrobrás a exclusividade da execução das atividades do pré-sal, e o Projeto de Lei Complementar 268, que ameaça a representação dos trabalhadores nos fundos de pensão. A Lei 13.303, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas públicas e foi aprovada em junho, proíbe a participação de dirigentes sindicais nos conselhos das empresas.
Sobre o palestrante Emir Sader
Nascido em 1943, em São Paulo, Emir Sader, ingressou em 1962 no curso de filosofia da USP, onde graduou-se em 1965. Mestre em filosofia política, ele foi perseguido politicamente pela ditadura. Emir passou a viver na clandestinidade em 1970 e em seguida pediu exílio ao Chile. Ele foi condenado pelo regime militar, à revelia, a dois anos de prisão.
No Chile tornou-se professor assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Chile e vinculou-se como pesquisador ao Centro de Estudos Sócio-econômicos (CESO) que reunirá parte do pensamento crítico mundial em seminários e conferências de grande impacto e notoriedade.
Esta experiência foi destruída em 1973, pelo golpe militar chileno, quando então passou ao segundo exílio em Buenos Aires – onde sua segunda companheira, Maria Regina Marcondes Pinto, foi assassinada e desaparecida pela Operação Condor durante a ditadura de militar dirigida por Jorge Rafael Videla.
Da Tempus Comunicação para o Blog do Fredson Paiva
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