Sem grande dificuldade e com uma atuação melhor no segundo tempo a Seleção Brasileira encerrou 2015 com uma vitória de 3x0 em cima do Peru pela quarta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa 2018. Os três pontos deixaram os pentacampeões em terceiro lugar, com os mesmos sete pontos de Paraguai (4º) e Chile (5º). No retorno do qualificatório, o Brasil recebe o Uruguai, no dia 24 de março na Arena Pernambuco. Cinco dias depois encara o Paraguai, em Assunção.
O time mudou mas os erros são velhos. Os mesmos, na verdade. A Seleção Brasileira tinha muita gente veloz e talentosa em campo mas sem o mínimo de organização conseguiu um gol no primeiro tempo fruto do esforço e habilidade do meia-atacante William. O problema crucial é que há pouca - quase nenhuma - movimentação. O jogador brasileiro que tem a bola no setor ofensivo simplesmente não vê ninguém se aproximar para dar opção de jogo.
Seja Neymar, Douglas Costa - substituto de Ricardo Oliveira - ou William, só existem duas opções: driblar o marcador - que normalmente são dois - ou forçar um passe mais longo, sempre sujeito a interceptações do rival ou dificuldade de domínio para quem recebe. O Peru começou o jogo atrevido: pressionou a saída de bola dos donos da casa e chegavam a aparecer com até nove jogadores no campo de ataque. Mas erraram muito no passe final. O lance de maior perigo foi um chute rasteiro de Guerrero logo no começo, bem defendido por Alisson.
De tanto insistir pela ponta direita William, o melhor do time, foi recompensado aos 21. Ele puxou para a linha de fundo e mandou rasteiro. Como não havia centroavante de ofício, Douglas Costa apareceu na área para empurrar para as redes. Com o gol brasileiro o Peru foi menos ousado, baixou um pouco o bloco de marcação e diminuiu a dificuldade na saída de jogo. Esta poderia até ser um pouco melhor se Renato Augusto tivesse se apresentado mais. Escondido atrás dos volantes peruanos, o jogador do Corinthians, pouco apresentou.
Os dois times voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações e mesmas propostas de jogo. O Brasil explorou basatnte o lado direito, onde Douglas Costa também apareceu mais para trocar de posição com William. Mas o melhor reforço foi o posicionamento de Renato Augusto, mais próximo dos atacantes. Com mais uma opção, o Brasil trocou mais passes e dependeu menos de jogadas individuais.
Aos 12 minutos, Douglas Costa driblou para dentro e rolou para a meia-lua. Renato Augusto apareceu para mandar de chapa, no canto esquerdo de Penny e ampliar a vantagem. O jogo ficou mais cadenciado, da forma que o Brasil precisava para controlar as ações. Elias, que foi muito ao ataque no primeiro tempo, guardou posição ao lado de Luiz Gustavo para evitar os contra-ataques.
Com a partida nas mãos, era esperar uma brecha do adversário ou o apito final, o que viesse primeiro. Veio a brecha numa roubada de bola no meio. Douglas Costa cortou novamente da ponta para o meio e soltou uma bomba. Penny deu rebote e Filipe Luís só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio. O Peru tentou fazer o gol de honra no fim mas Gil apareceu pouco à frente da linha para rebater um chute de Guerrero aos 46. Alisson já estava no meio do caminho, sem chance de defender.
Ficha do jogo:
Brasil: Alisson; Daniel Alves, Miranda, Gil e Filipe Luis; Luiz Gustavo (Fernandinho), Elias e Renato Augusto; William (Oscar), Neymar e Douglas Costa (Lucas Lima). Técnico: Dunga.
Peru: Diego Penny; Luis Advíncula, Zambrano, Ascues e Yoshimar Yotún; Cueva, Tapia (Ballon), Lobatón (González) e Farfán; Hurtado (Reyna) e Paolo Guerrero. T: Ricardo Gareca.
Local: Arena Fonte Nova (Salvador). Árbitro: Jose Buitrago. Gols: Douglas Costa, aos 21 do primeiro tempo. Renato Augusto, aos 12; e Filipe Luís, aos 31 do segundo. Cartões amarelos: Neymar, Ascues, Advíncula e Tapia. Público: 45.551.
Do NE10
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