Na última terça-feira (27/10), no Recife, capital pernambucana, ocorreu uma reunião com o secretário de Agricultura e Reforma (Sara) do estado, Nilton Mota; representantes das organizações que compõem a Articulação Semiárido Pernambucano (ASA-PE) e executam o Projeto Pernambuco Mais Produtivo, além da presença da coordenação executiva da ASA-PE. A ideia era avaliar, monitorar e realizar o planejamento das ações necessárias para fortalecer as parcerias, na perspectiva de garantir a ampliação de tecnologias hídricas para as famílias agricultoras do Semiárido pernambucano.
“Vivenciamos um momento delicado na medida em que temos uma crise política, financeira e moral, mas o diálogo e a parceria do governo com a sociedade civil permitirá encontrar as alternativas para superar os desafios da atual conjuntura. Não podemos retroceder, mas sim lutar pela continuidade das políticas públicas voltadas para o meio rural e assim contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, destaca o coordenador executivo da ASA-PE e presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Pernambuco, Edésio Medeiros.
Dialogando com essa realidade, o Projeto Pernambuco mais Produtivo vem possibilitando o acesso, o gerenciamento e a valorização da água, como um direito de todos/as e como elemento importante na produção e incremento da renda. Dessa forma, o projeto contribui com a efetivação da cidadania das populações rurais e ampliação das práticas de convivência com a região semiárida.
O projeto é desenvolvido pela Sara em parceria com a ASA-PE, e tem o apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A parceria prevê a implementação de 9.395 cisternas-calçadão nas regiões do Agreste, Sertão e Zona da Mata pernambucana e a dinâmica do projeto também inclui capacitações, intercâmbios e encontros territoriais.
Ainda durante a audiência, a ASA-PE entregou um documento ao secretário, em que reivindica ao governador Paulo Câmara, a necessidade de reestruturação da Secretaria Executiva da Agricultura Familiar (SEAF). Para a Articulação, a secretaria vem sofrendo um esvaziamento que compromete a manutenção e continuidade das ações já pactuadas com a agricultura familiar e organizações parceiras.
De acordo com Edésio, existe um movimento de alguns atores da sociedade civil, na tentativa de que a SEAF tenha novamente autonomia no desenvolvimento dos processos e nas suas atribuições, inclusive retomando o diálogo com os segmentos do campo. “Não podemos permitir que os cortes orçamentários do estado inviabilizem a existência ou o bom funcionamento da SEAF, pois esta foi uma das maiores conquistas da agricultura familiar no estado. Nosso entendimento é que a atuação da SEAF é vital no fortalecimento das políticas direcionadas as famílias rurais e, por isso, deve ter um tratamento qualificado por parte do Governo do Estado”, complementa.
Por Assessoria de Comunicação da ONG Chapada
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