ARARIPINA - MATADOURO E AÇOUGUE FECHADOS, PAIS DE FAMÍLIAS DESEMPREGADOS

 

A nossa reportagem encontrou na manhã do último sábado 18/07, nas imediações do hortigranjeiro no Alto da Boa Vista, várias pessoas, entre elas magarefes, marchantes, feirantes e consumidores, que nos relataram estarem indignados com o fechamento do Matadouro Público localizado na Vila Santa Maria.

Eles sabem muito bem que a culpa do fechamento do Matadouro Público de Araripina não é do Ministério Público, da ADAGRO e nem da Secretaria Estadual de Vigilância Sanitária, e sim do governo municipal, da administração Alexandre Arraes, que não poupou esforços para virar as costas para o problema e deixar centenas de pais de famílias desempregados.

Com o matadouro fechado o Açougue Municipal no Hortigranjeiro também não funciona. A reclamação era uma só e a frase que mais ecoava nas imediações da feira livre era... “OH PREFEITO RUIM DA PESTE”! Outro comentário também na feira livre era de que os animais estavam sendo abatidos em currais espalhados na zona rural do município e levados para a cidade nas carrocerias de veículos sem a menor inspeção sanitária.

Sabemos que o matadouro já foi lacrado duas vezes nesta gestão, sendo a primeira há um ano pela falta de higiene, de espaço físico, de equipamentos obrigatórios, etc. A prefeitura por sua vez realizou uma pequena reforma, ou chamada meio-sola, o que não se adequou às exigências das autoridades competentes e colocou o matadouro de volta para funcionar, mesmo sabendo que não podia. Nesta ocasião os animais estavam sendo abatidos no matadouro da cidade de Trindade.

Na época foi constatado que o matadouro não atendia às diversas exigências para seu funcionamento e não possuía licença ambiental, de acordo com as vistorias realizadas pelas agências de Defesa e Fiscalização Agropecuária (ADAGRO) e Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH). Diante disso, o prefeito, Alexandre Arraes, firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) perante o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se comprometendo a adotar medidas necessárias para a regularização do matadouro, no prazo de 90 dias.

A iniciativa foi do promotor de Justiça João Paulo Barbosa, que seguiu alinhada à ação Carne de Primeira do MPPE, que tem como objetivo coibir o abate, transporte e comércio de carnes fora dos padrões exigidos pela legislação. O TAC também foi resultado de um inquérito civil instaurado para apurar as irregularidades.

Agora mais uma vez o matadouro é lacrado e o prefeito Alexandre Arraes não se pronuncia a respeito do problema que é visível para toda cidade e região e que pais de família estão sofrendo sem empregos. A pura irresponsabilidade da atual gestão não para por aí. Asfaltamento de várias ruas que foram anunciadas pelo prefeito, agora parecem se perder no tempo e até as máquinas sumiram da cidade. 

A muriçoca assusta a população, a cidade esburacada continua sendo uma das principais barreiras para pedestres e motoristas, esgotos estourados, falta de saneamento, educação, saúde, infraestrutura, etc. Mais uma vez Araripina, uma cidade com todo potencial para crescer e ser de fato uma das mais promissoras do Brasil, para no tempo com a mentira e a promessa de falsos políticos, gananciosos pelo poder como um Faraó, mas não imaginam que estão abaixo de Deus e podem cair a qualquer momento.

A “Operação Paradise” é prova disso. As investigações estão correndo em segredo de justiça e o resultado pode sair a qualquer momento. Ela foi desencadeada após investigações constatarem que milhões da educação estavam sendo desviados e subtraídos por uma gangue instalada dentro da prefeitura, roubando os cofres públicos e a inocência das crianças e adolescentes, tirando o sonho de quem pode no futuro mudar essa realidade, os estudantes.

Por Fredson Paiva

Fotos - Fredson Paiva/ Reprodução Internet