terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ASSEMBLEIA - PMs E BOMBEIROS DESCARTAM GREVE NO CARNAVAL DE PERNAMBUCO

Bombeiros e policiais militares de Pernambuco não irão cruzar os braços durante o Carnaval. No entanto, uma paralisação para depois do período momesco não está descartada. Representantes da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros do Estado se reuniram em assembleia na tarde desta terça-feira (10) e ainda não chegaram a um acordo sobre a greve. Uma parte do grupo, insatisfeita com o resultado da assembleia, chegou a cogitar ir até a frente do Palácio do Campo das Princesas para reafirmar suas reivindicações, mas desistiu.

Na segunda-feira (9), uma resolução da secretaria de Administração de Pernambuco (SAD) afirmou uma série de medidas que beneficiam a categoria. Dentre elas estão a promoção de 5.485 militares, o aumento de 60% no vale-refeição, que passará a ser de R$ 246,40, e o reajuste de 82,52% na Gratificação de Motorista, ficando com um valor de R$ 160 a partir de agora.

Apesar disso a insatisfação da categoria não foi sanada, pois a questão do reajuste salarial, uma das principais matérias na pauta de reivindicações, não foi atendida e a discussão sobre o assunto foi adiada para o próximo mês de junho.

O clima da reunião foi tenso, com membros da categoria gritando a insatisfação com as propostas do Governo e acusações a representantes de sindicatos. O grupo presente no auditório do Teatro dos Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco, chegou a virar as costas para os condutores da reunião.

Uma das vozes mais atuantes na assembleia desta terça, a soldado Michele disse que não ficou satisfeita com a proposta feita pelo Governo, mas perguntou aos demais PMs presentes se todos querem correr o risco de serem expulsos da corporação. A policial participou da paralisação da categoria, acontecida em maio de 2014 e que deixou a Região Metropolitana do Recife (RMR) em estado de caos durante dois dias e, por causa disso, corre o risco de ser afastada das suas funções.

A dificuldade para se chegar a um consenso levantou a hipótese de que a categoria não possui um líder, com quem possa fazer negociações diretas com o governo. Isto foi rebatido pelo presidente da Associação de Praças (Aspra-PE), José Roberto Vieira: "Não perdemos o controle. Se tivéssemos perdido o controle, eles teriam decretado greve hoje", pontuou.

Com informações de Marcela Balbino, repórter do Blog de Jamildo no local

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