Uma trégua de 72 horas entre Israel e o movimento islamita Hamas entrou em vigor nesta terça-feira (5) em Gaza, após uma intensa pressão internacional para acabar com um conflito que, em 29 dias, deixou quase 1.900 mortos no território palestino.
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As tropas israelenses anunciaram a saída das tropas que haviam entrado em Gaza para a operação destinada a acabar com o lançamento de foguetes do Hamas e destruir os túneis usados pelos islamitas para infiltrar-se em território israelense.
"Todas as nossas forças saíram de Gaza", declarou o general Moti Almoz à rádio militar.
As duas partes demonstram determinação em prosseguir com os combates quase até o momento do início do cessar-fogo, às 8H00 (2H00 de Brasília).
As sirenes soaram em Jerusalém, Tel Aviv e nas regiões central e sul de Israel para uma última salva de 16 foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza. Um projétil atingiu uma casa palestina perto de Belém (Cisjordânia), sem provocar vítimas, segundo testemunhas.
A aviação israelense realizou pelo menos cinco bombardeios na Faixa de Gaza, que não provocaram mortos nem feridos, antes do início da trégua, segundo correspondentes da AFP.
Esta é a segunda trégua de 72 horas que as duas partes decidem respeitar nos últimos quatro dias. A anterior, em 1º de agosto, negociada com mediação dos Estados Unidos e da ONU, durou apenas 90 minutos e terminou com um banho de sangue.
A trégua iniciada nesta terça-feira foi negociada com mediação do Egito, com a presença no Cairo de uma delegação palestina que contava com membros da Autoridade Palestina, presidida por Mahmud Abbas, e com representantes dos grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica.
Israel não enviou representantes, mas pode mudar de ideia nos próximos dias.
O governo dos Estados Unidos e a ONU elogiaram a iniciativa.
A ofensiva israelense matou mais de 1.850 palestinos, em sua maioria civis. Israel perdeu 64 soldados e três civis.
As imagens dos bombardeios israelenses colocaram o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sob intensa pressão internacional para acabar com a operação na Faixa de Gaza, um território de 362 quilômetros quadrados, superpovoado e de extrema pobreza.
Do NE10
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