O senador Armando Monteiro (PTB) percorre todo o Sertão do Araripe neste final de semana para motivar um amplo debate sobre o Canal do Sertão, projeto de infraestrutura hídrica que teve seu projeto original modificado, prejudicando os municípios da região. Atendendo a um convite do senador pernambucano, o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, debaterá o assunto com prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e representantes da sociedade civil, nesta sexta-feira (20), em Ouricuri.
Armando defende que o Araripe continue a ser beneficiado pelo canal, que levará água potável a diversos municípios do Sertão. Para isto, tem mantido reuniões em Brasília com os órgãos responsáveis pelo projeto, incluindo o Ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e o presidente da Codevasf, Elmo Vaz.
Além do debate sobre o Canal do Sertão, em Ouricuri, Armando cumprirá uma agenda de trabalho em nove dos dez municípios do Araripe, até o domingo (23). As outras localidades visitadas serão Araripina, Granito, Moreilândia, Exu, Trindade, Bodocó, Santa Cruz e Ipubi. Em todos, ouvirá as demandas que poderão contar com seu apoio no Senado e nos gabinetes ministeriais, em Brasília, e concederá entrevistas à imprensa.
O que diz Armando Monteiro sobre o Canal do Sertão
"O Canal do Sertão pernambucano representa uma oportunidade ímpar de interiorização do desenvolvimento para o Sertão do Araripe. E é sem dúvida um antigo anseio da população da região, sendo inclusive motivo de música, cantada em versos, pelo filho ilustre da terra, o nosso saudoso Luiz Gonzaga".
"Se antes tínhamos a possibilidade de uma área de irrigação de cerca de 110 mil hectares de terras, conforme previsto no PAC 2, a atual concepção chega a pouco mais de 33 mil hectares, incluindo apenas os municípios de Petrolina, Santa Cruz, Dormentes e Santa Filomena. Portanto, deixando ao largo áreas de terras irrigáveis de elevada fertilidade na região do Araripe e também do Sertão Central".
“A região do Araripe possui um enorme potencial produtivo e, com o Canal do Sertão em sua inteireza, poderia se transformar em uma nova fronteira agrícola, com a produção de frutas, legumes e hortaliças e cana-de-açúcar”.
"Além disso, a disponibilidade de água garantiria a expansão da atividade pecuária e daria uma maior segurança aos produtores. Mesmo com a escassez de um ciclo regular de chuvas, essa região é a terceira de Pernambuco na produção leiteira. Entretanto, em função da recente e forte estiagem, milhares de animais morreram de fome na região por falta de alimentos".
De Agência.
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