A novela sobre o apoio do PPS para a disputa presidencial está perto do fim, segundo avaliação do PSB. O partido disputa com o PSDB do senador mineiro Aécio Neves a preferência da sigla pós-comunista, que deve ser decidida em encontro previsto para o início de dezembro. Mas o governador Eduardo Campos, virtual candidato ao Planalto, mostra-se otimista. No último domingo, o Diretório do PPS em São Paulo referendou o apoio ao projeto socialista. Hoje, o presidente nacional do partido, o deputado federal Roberto Freire (SP), tem um encontro com Eduardo Campos, no Recife, para tratar da futura aliança.
“Ontem (no domingo), eu disse em São Paulo que sou favorável ao nosso partido apoiar a candidatura de Eduardo Campos. E o Diretório de São Paulo, que já sinalizou neste sentido, tem um peso muito grande dentro do partido”, disse Freire, por telefone. O deputado, no entanto, evitou bater o martelo sobre o assunto. “Apesar de ser um caminho, não é uma coisa fechada, existe um debate interno em construção”, acrescentou.
Ontem, depois da inauguração do novo ambulatório do hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife, o governador Eduardo Campos comentou a aproximação com os pós-comunistas. “Nós tivemos ontem (domingo) encontros do PPS em alguns estados, acumulando um debate para o encontro nacional que ainda vai haver. Nós ficamos muito felizes com a decisão que saiu não só em São Paulo, mas também no Espírito Santo, já apontando nesta direção (de apoio)”, disse o governador.
“Eu devo ter, nos próximos dias, uma conversa com o presidente do partido, o deputado Roberto Freire, mas vamos aguardar tranquilamente para que o debate possa ocorrer nas instâncias partidárias para que depois, no tempo certo, depois de um debate interno, PSB e Rede conversem com o PPS. Mas acho que caminhamos muito bem nos últimos dias”, completou Campos. Apesar dos ventos favoráveis, alguns diretórios do PPS apontam outros caminhos.
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia defendem o apoio ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. No Ceará, a legenda deseja candidatura própria. Mesmo com o apoio nacional à candidatura de Campos, nestes estados o partido poderia adotar a estratégia do “palanque duplo”.
Do Diário de Pernambuco
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