segunda-feira, 15 de julho de 2013

QUEDA NAS VENDAS - CERVEJARIAS QUEREM AJUDAR NA CONTA DO TÁXI APÓS LEI SECA

Os executivos da indústria de bebidas e os donos de bares adicionaram a mobilidade urbana à pauta de reivindicações este ano. O setor fechou o primeiro semestre com queda de vendas, reflexo da economia desaquecida e do rigor maior da nova Lei Seca, em vigor desde dezembro de 2012. Os empresários estão discutindo com o poder público soluções para oferecer transporte coletivo e táxi mais barato para trazer de volta aos bares o consumidor que parou de sair para beber.

Desde março, os empresários do setor se reúnem com taxistas e representantes da Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos (Metrô, CPTM, EMTU) no Comitê Paulista de Ações para a Segurança Viária. Um grupo de trabalho foi criado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) para estudar mobilidade urbana. O Detran disse que o objetivo do comitê é "estudar medidas para ampliar e estimular o transporte público noturno alternativo ao veículo particular para cidadãos que tenham consumido álcool".

Uma das medidas em estudo é a oferta de ônibus no trajeto das cinco linhas do metrô durante a madrugada, conhecidos como "corujão". A ideia é abastecer a rota com linhas de ônibus menores e vans para levar os passageiros das estações de metrô até a região dos bares. A possibilidade de manter o metrô aberto 24 horas foi descartada.

O Detran confirma que a proposta está na mesa, mas diz que ela ainda está em fase de "discussão técnica". O Estado apurou que o grupo trabalha com a meta de lançar um projeto-piloto em agosto para atender os bares da Vila Madalena, em São Paulo. Posteriormente, a solução seria estendida às demais regiões da cidade.

O grupo também discute soluções para reduzir a tarifa do táxi na noite paulistana, o que foi confirmado pelo Detran. A ideia é oferecer o serviço de madrugada ao preço de bandeira 1, que é 30% menor do que a bandeira 2, tarifa que entra em vigor às 20h. O grupo tem dificuldade de tirar o projeto do papel pois ainda não encontrou uma fórmula de equacioná-lo financeiramente, disseram fontes que participam das discussões.

Fonte: Agência Estado

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