Em reunição com prefeitos e governadores, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, em Brasília, uma série de medidas em resposta às mobilizações das últimas semanas, onde os brasileiros protestaram por melhores em vários setores. Ao abrir a reunião, a presidente agradeceu a atendimento imediato dos presentes. Segundo ela, mais que um debate, é preciso agora apontar soluções. "Buscamos soluções republicanas e participativas para problemas que afetam o povo", disse a presidente.
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Dilma destacou a importância de um primeiro pacto pela "estabilidade fiscal" e outro, por uma "ampla e profunda reforma política", que amplie a "participação popular e os horizontes da cidadania". A presidente Dilma Rousseff propôs um "plebiscito popular que autorize o funcionamento de processo constituinte específico para fazer reforma política". Dilma afirmou que vai propor a convocação de um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política.
Dilma defendeu ainda "prioridade ao combate à corrupção de forma ainda mais contundente do que já vem sendo feito em todas as esferas". Para a presidente, uma iniciativa fundamental para combater a corrupção é que se "crie uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como equivalente a crime hediondo com penas muito mais severas".
MOBILIDADE - No aspecto da mobilidade urbana, a presidente decidiu destinar mais recursos para facilitar o transporte das pessoas, nas cidades. "Decidi destinar mais R$ 50 bi para novos investimentos em obras de mobilidade urbana", disse. E ela admitiu que essa ação reflete demanda dos protestos realizados recentemente no País. "Essa decisão é reflexo do pleito por melhoria no transporte coletivo no nosso País", afirmou.
SAÚDE - O terceiro pacto proposto pela presidente Dilma Rousseff aos governadores e prefeitos foi na área de Saúde. "Quero acelerar os investimentos já contratados em hospitais e Unidades de pronto atendimento", disse Dilma, ao anunciar que o governo vai acelerar o envio de médicos para o interior e para a periferia das grandes cidades, onde não existem estes profissionais, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dilma, no entanto, informou que a prioridade para o preenchimento de vagas será para os brasileiros.
"Gostaria de dizer à classe médica brasileira que não se trata nem de longe de uma medida hostil ou desrespeitosa aos nossos profissionais", disse a presidente. "Trata-se de uma ação emergencial, localizada, tendo em vista a grande dificuldade que estamos enfrentando para encontrar médicos em número suficiente ou com disposição para trabalhar nas áreas mais remotas do país ou nas zonas mais pobres das grandes cidades."
"Sempre ofereceremos primeiro aos médicos brasileiros as vagas a serem preenchidas. Só depois chamaremos médicos estrangeiros", afirmou a presidente. Em seguida, ela lembrou que o Brasil possui apenas 1,7% de estrangeiros entre profissionais da classe médica, enquanto que em outros países, como a Inglaterra, o índice chega a 37%.
Dilma também informou que o governo vai expandir as vagas de residência médica e o número de bolsas para estudantes de graduação interessados em participar de projetos da rede pública. Segundo ela, as medidas "vão significar a criação de 11.447 novas vagas de graduação e 12.376 novas vagas de residência para estudantes brasileiros até 2017". As informações serão detalhadas em entrevista coletiva com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, marcada para 10:30 horas desta terça-feira (25).
"Quero propor aos senhores e às senhoras acelerar os investimentos já contratados em hospitais, UPAs e unidades básicas de saúde", disse, ainda, a presidente durante o discurso.
EDUCAÇÃO - A presidente afirmou que o Brasil precisa de um pacto pela educação pública como forma de responder às reivindicações dos manifestantes que tomam conta das ruas das principais cidades do País.
A presidente destacou que "precisamos de mais recursos para a educação" e observou que o País avançou nas últimas décadas para "reverter o atraso" na área. Ao lembrar que encaminhou um projeto de lei que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação, a presidente afirmou que confia que "os senhores congressistas aprovarão esse projeto que tramita no Legislativo com urgência". "Esse é um esforço que devemos fazer para que haja uma mudança significativa no curto, médio e longo prazo no nosso País", afirmou.
Fonte: Agência Estado
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