O Santa Cruz conquistou o título de bicampeão pernambucano ao vencer o Sport por 3 a 2 na Ilha do Retiro neste domingo (13), no Recife. Branquinhos, Dênis Marques e Luciano Henrique marcaram os gols do triunfo, que era fundamental pois o empate daria a taça para o Leão. Os gols rubro-negros foram dos defensores Moacir e Edcarlos.
A equipe tricolor conseguiu reverter a vantagem do Sport logo no primeiro tempo. O 2 a 1 permitiu uma postura de contra-ataque na segunda etapa. Os corais ampliaram num lance deste tipo, aos 29; os rubro-negros encostaram aos 25. Os últimos 20 minutos de jogo foram de uma adrenalina alucinante. No final, o Santa Cruz juntou mais uma vitória.
O JOGO – Esqueçam aquela morosidade do primeiro embate da final — um insosso 0 a 0. O jogo começou eletrizante na Ilha do Retiro.
Antes mesmo de a bola rolar, já se viu uma estratégia ousada do técnico Zé Teodoro. O Santa Cruz veio com três atacantes, com Branquinho entrando na vaga do meia Luciano Henrique. Outra defesa foi a ida de Memo para a lateral direita, no lugar de Diogo. Chicão entrou na função aberta no meio de campo.
Desde o apito inicial ficou evidenciada a tática coral de forçar o ataque na ponta direita. Ao bater o centro, Branquinho foi acionado num lançamento longo.
Mas o Sport também mostrou a sua força. Diogo Oliveira fez um bom lançamento que encontrou Jheimy no mano a mano com um zagueiro. Ele entrou, protegendo a bola, e bateu por cima do gol.
A resposta foi rápida. Em contra-ataque, Dênis Marques fez passe para Chicão, que, próximo à área rubro-negra, bateu forte com a perna esquerda. Magrão fez uma defesa difícil.
Já se percebia claramente que os dois times buscariam o ataque constantemente, e não haveria retranca. O jogo era até certo ponto aberto, e a qualidade técnica dos jogadores de ataque dos dois times podia aflorar.
A torcida rubro-negra quase gritou gol aos 9 minutos. Quando Marcelinho Paraíba cobrou uma falta perigosa da esquerda, Tiago Cardoso errou na saída do gol e a bola bateu no corpo de Jheimy, escorrendo a um metro da trave à esquerda do goleiro.
Se o jogo já estava quente, pegou fogo quando Branquinho recebeu ótimo passe de Flávio Caça-Rato, em posição duvidosa, nas costas de Rivaldo, numa diagonal da direita até o gol. O atacante, surpresa na escalação tricolor, tocou no cantinho, na saída de Magrão, abrindo o placar aos 12 minutos.
Santa Cruz na liderança. Mas só por um minuto.
O Sport bateu o centro, Moacir avançou como uma flecha e bateu forte. A bola desviou num defensor e atrapalhou Tiago Cardoso, que não conseguiu bloquear a trajetória. Passou por suas mãos. Empate que devolvia a taça ao Leão.
Aos poucos, o Sport foi crescendo. Rivaldo apareceu bem em dois lances ofensivos por volta dos 20 minutos. Primeiro, mandou um bonito chute de fora da área, quase encobrindo Tiago Cardoso, que se esticou todo para mandar a escanteio. Depois, chutou fraco, mas ao lado da trave.
Os rubro-negros passavam a explorar mais e mais os chutes de fora da área, percebendo uma certa insegurança de Tiago Cardoso na partida, a partir do lance do primeiro gol. Mas os tricolores também tinham ímpeto ofensivo, com muitos lançamentos e passes que poderiam criar chances de gol.
Eis que, aos 40 minutos, brilha a estrela do artilheiro Dênis Marques. O atacante recebeu na intermediária, de costas para o gol, fez um giro puxando para a direita, aproveitou a indecisão do zagueiro Edcarlos e chutou colocado no canto direito. A bola ainda quicou na grande área antes de passar por Magrão e morrer nas redes. Dênis pôs o Santa na frente e deixou Marcelinho para trás na artilharia do campeonato. 15 gols no geral. E seu primeiro em clássicos.
O Sport ainda assustou em cruzamentos para a área, sem efetividade.
SEGUNDO TEMPO – Modificado com a entrada de Marquinhos Gabriel no lugar de Jheimy, o Sport precisou de apenas seis minutos para fazer a sua torcida voltar a acreditar.
Moacir mandou um balaço no travessão, que fez o estádio tremer. Pouco depois, Marquinhos Gabriel recebeu ótimo passe de Marcelinho, entrando na grande área pela esquerda, e tentou o chute colocado no ângulo oposto. Passou muito perto.
Pouco depois, a bola foi cruzada e ninguém apareceu para empurrar para o gol. Aos 11, Marquinhos Gabriel soltou uma bomba na caixa dos peitos de Tiago Cardoso.
Diante da pressão, o Santa Cruz fez duas mudanças. Luciano Henrique entrou no lugar de Natan, lesionado. Sandro Manoel substituiu Branquinho. O Sport também mexeu: o atacante Ruan substituiu o terceiro zagueiro Montoya, que entrara na posição de Bruno Aguiar, contundido no fim do primeiro tempo.
Fechado na defesa, o Santa Cruz aguardava um contra-ataque para poder tentar definir a partida. Chegou a fazer cera em alguns momentos. O time chegou a colocar mais um defensor em campo, Leandro Souza no lugar de Anderson Pedra. Time estava no 3-5-2.
Apesar de só o Leão atacar, a Cobra Coral deu um bote certeiro aos 29 minutos. Sandro Manoel deu um chutão para a frente, Luciano ganhou a disputa de bola com Diogo Oliveira, saiu cara a cara com Magrão, driblou Magrão e mandou para as redes. 3 a 1 aos 29 minutos do segundo tempo.
Mas os rubro-negros ainda tinham gana. Aílson soltou um foguete de fora da área, Tiago Cardoso deu rebote e Edcarlos apareceu para chutar forte para as redes, aos 35 minutos do segundo tempo. 3 a 2 para o Santa. Faltava um para o Sport.
A tensão ficou absoluta. O nervosismo se via dentro e fora do gramado. Aconteceram algumas cenas de futebol de várzea. Um torcedor do Santa Cruz entrou em campo e foi imobilizado por um bombeiro. O narrador do sistema de som do Sport enlouquecidamente começou a gritar o Cazá, Cazá e a insuflar o torcedor. Algo que é vetado às rádios de estádios. O jogador Carlinhos Bala foi expulso e trocou socos com um torcedor do Sport que entrou no gramado. Pouco antes, Mazola havia sido expulso por reclamações.
Tiago Cardoso teve de fazer várias defesas nos últimos minutos. Algumas delas, deixando a bola cair no chão sem querer e recuperando. Os Leões iam com tudo. Foram apontados quatro minutos de acréscimos.
Aos 47, o Santa respirou fundo. Renatinho teve a chance de matar o jogo para o Santa. Recebeu de Memo livre na grande área rubro-negra. Chutou cruzado para fora.
No lado do Leão, alguns erros de passe sobretudo de Jael, mal na partida. Os rubro-negros lutaram até o fim. Mas não teve jeito. O Santa Cruz segurou a vitória e levantou a taça pela segunda vez consecutiva contra os maiores rivais.
FICHA DO JOGO
Sport 2 x 3 Santa Cruz
Sport: Magrão, Bruno Aguiar (Montoya) (Ruan), Ailson e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira, Marcelinho Paraíba e Rivaldo; Jheimy (Marquinhos Gabriel) e Jael. Técnico: Mazola Júnior.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Memo, Vagner, William Alves e Renatinho; Anderson Pedra (Leandro Souza), Chicão e Natan (Luciano Henrique); Branquinho (Sandro Manoel) Dênis Marques e Flávio Recife. Técnico: Zé Teodoro.
Campeonato Pernambucano 2012. Local: Ilha do Retiro, em Recife (PE). Data: 13/05/2012. Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa/PE). Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral (PE). Gols: Branquinho (Santa Cruz), aos 12 minutos, Moacir (Sport), aos 13 minutos, Dênis Marques (Santa Cruz), aos 40 minutos do primeiro tempo; Luciano Henrique (Santa Cruz), aos 29 minutos, e Edcarlos (Sport), aos 35 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Marcelinho Paraíba, Montoya (Sport), Chicão, Memo, Natan, Sandro Manoel (Santa Cruz). Cartões vermelhos: Carlinhos Bala (Santa Cruz, do banco de reservas). Renda: R$ 566.635,00. Público: 31.998.
Do Blog do Torcedor/Blog do Fredson Paiva
A equipe tricolor conseguiu reverter a vantagem do Sport logo no primeiro tempo. O 2 a 1 permitiu uma postura de contra-ataque na segunda etapa. Os corais ampliaram num lance deste tipo, aos 29; os rubro-negros encostaram aos 25. Os últimos 20 minutos de jogo foram de uma adrenalina alucinante. No final, o Santa Cruz juntou mais uma vitória.
O JOGO – Esqueçam aquela morosidade do primeiro embate da final — um insosso 0 a 0. O jogo começou eletrizante na Ilha do Retiro.
Antes mesmo de a bola rolar, já se viu uma estratégia ousada do técnico Zé Teodoro. O Santa Cruz veio com três atacantes, com Branquinho entrando na vaga do meia Luciano Henrique. Outra defesa foi a ida de Memo para a lateral direita, no lugar de Diogo. Chicão entrou na função aberta no meio de campo.
Desde o apito inicial ficou evidenciada a tática coral de forçar o ataque na ponta direita. Ao bater o centro, Branquinho foi acionado num lançamento longo.
Mas o Sport também mostrou a sua força. Diogo Oliveira fez um bom lançamento que encontrou Jheimy no mano a mano com um zagueiro. Ele entrou, protegendo a bola, e bateu por cima do gol.
A resposta foi rápida. Em contra-ataque, Dênis Marques fez passe para Chicão, que, próximo à área rubro-negra, bateu forte com a perna esquerda. Magrão fez uma defesa difícil.
Já se percebia claramente que os dois times buscariam o ataque constantemente, e não haveria retranca. O jogo era até certo ponto aberto, e a qualidade técnica dos jogadores de ataque dos dois times podia aflorar.
A torcida rubro-negra quase gritou gol aos 9 minutos. Quando Marcelinho Paraíba cobrou uma falta perigosa da esquerda, Tiago Cardoso errou na saída do gol e a bola bateu no corpo de Jheimy, escorrendo a um metro da trave à esquerda do goleiro.
Se o jogo já estava quente, pegou fogo quando Branquinho recebeu ótimo passe de Flávio Caça-Rato, em posição duvidosa, nas costas de Rivaldo, numa diagonal da direita até o gol. O atacante, surpresa na escalação tricolor, tocou no cantinho, na saída de Magrão, abrindo o placar aos 12 minutos.
Santa Cruz na liderança. Mas só por um minuto.
O Sport bateu o centro, Moacir avançou como uma flecha e bateu forte. A bola desviou num defensor e atrapalhou Tiago Cardoso, que não conseguiu bloquear a trajetória. Passou por suas mãos. Empate que devolvia a taça ao Leão.
Aos poucos, o Sport foi crescendo. Rivaldo apareceu bem em dois lances ofensivos por volta dos 20 minutos. Primeiro, mandou um bonito chute de fora da área, quase encobrindo Tiago Cardoso, que se esticou todo para mandar a escanteio. Depois, chutou fraco, mas ao lado da trave.
Os rubro-negros passavam a explorar mais e mais os chutes de fora da área, percebendo uma certa insegurança de Tiago Cardoso na partida, a partir do lance do primeiro gol. Mas os tricolores também tinham ímpeto ofensivo, com muitos lançamentos e passes que poderiam criar chances de gol.
Eis que, aos 40 minutos, brilha a estrela do artilheiro Dênis Marques. O atacante recebeu na intermediária, de costas para o gol, fez um giro puxando para a direita, aproveitou a indecisão do zagueiro Edcarlos e chutou colocado no canto direito. A bola ainda quicou na grande área antes de passar por Magrão e morrer nas redes. Dênis pôs o Santa na frente e deixou Marcelinho para trás na artilharia do campeonato. 15 gols no geral. E seu primeiro em clássicos.
O Sport ainda assustou em cruzamentos para a área, sem efetividade.
SEGUNDO TEMPO – Modificado com a entrada de Marquinhos Gabriel no lugar de Jheimy, o Sport precisou de apenas seis minutos para fazer a sua torcida voltar a acreditar.
Moacir mandou um balaço no travessão, que fez o estádio tremer. Pouco depois, Marquinhos Gabriel recebeu ótimo passe de Marcelinho, entrando na grande área pela esquerda, e tentou o chute colocado no ângulo oposto. Passou muito perto.
Pouco depois, a bola foi cruzada e ninguém apareceu para empurrar para o gol. Aos 11, Marquinhos Gabriel soltou uma bomba na caixa dos peitos de Tiago Cardoso.
Diante da pressão, o Santa Cruz fez duas mudanças. Luciano Henrique entrou no lugar de Natan, lesionado. Sandro Manoel substituiu Branquinho. O Sport também mexeu: o atacante Ruan substituiu o terceiro zagueiro Montoya, que entrara na posição de Bruno Aguiar, contundido no fim do primeiro tempo.
Fechado na defesa, o Santa Cruz aguardava um contra-ataque para poder tentar definir a partida. Chegou a fazer cera em alguns momentos. O time chegou a colocar mais um defensor em campo, Leandro Souza no lugar de Anderson Pedra. Time estava no 3-5-2.
Apesar de só o Leão atacar, a Cobra Coral deu um bote certeiro aos 29 minutos. Sandro Manoel deu um chutão para a frente, Luciano ganhou a disputa de bola com Diogo Oliveira, saiu cara a cara com Magrão, driblou Magrão e mandou para as redes. 3 a 1 aos 29 minutos do segundo tempo.
Mas os rubro-negros ainda tinham gana. Aílson soltou um foguete de fora da área, Tiago Cardoso deu rebote e Edcarlos apareceu para chutar forte para as redes, aos 35 minutos do segundo tempo. 3 a 2 para o Santa. Faltava um para o Sport.
A tensão ficou absoluta. O nervosismo se via dentro e fora do gramado. Aconteceram algumas cenas de futebol de várzea. Um torcedor do Santa Cruz entrou em campo e foi imobilizado por um bombeiro. O narrador do sistema de som do Sport enlouquecidamente começou a gritar o Cazá, Cazá e a insuflar o torcedor. Algo que é vetado às rádios de estádios. O jogador Carlinhos Bala foi expulso e trocou socos com um torcedor do Sport que entrou no gramado. Pouco antes, Mazola havia sido expulso por reclamações.
Tiago Cardoso teve de fazer várias defesas nos últimos minutos. Algumas delas, deixando a bola cair no chão sem querer e recuperando. Os Leões iam com tudo. Foram apontados quatro minutos de acréscimos.
Aos 47, o Santa respirou fundo. Renatinho teve a chance de matar o jogo para o Santa. Recebeu de Memo livre na grande área rubro-negra. Chutou cruzado para fora.
No lado do Leão, alguns erros de passe sobretudo de Jael, mal na partida. Os rubro-negros lutaram até o fim. Mas não teve jeito. O Santa Cruz segurou a vitória e levantou a taça pela segunda vez consecutiva contra os maiores rivais.
FICHA DO JOGO
Sport 2 x 3 Santa Cruz
Sport: Magrão, Bruno Aguiar (Montoya) (Ruan), Ailson e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira, Marcelinho Paraíba e Rivaldo; Jheimy (Marquinhos Gabriel) e Jael. Técnico: Mazola Júnior.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Memo, Vagner, William Alves e Renatinho; Anderson Pedra (Leandro Souza), Chicão e Natan (Luciano Henrique); Branquinho (Sandro Manoel) Dênis Marques e Flávio Recife. Técnico: Zé Teodoro.
Campeonato Pernambucano 2012. Local: Ilha do Retiro, em Recife (PE). Data: 13/05/2012. Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa/PE). Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral (PE). Gols: Branquinho (Santa Cruz), aos 12 minutos, Moacir (Sport), aos 13 minutos, Dênis Marques (Santa Cruz), aos 40 minutos do primeiro tempo; Luciano Henrique (Santa Cruz), aos 29 minutos, e Edcarlos (Sport), aos 35 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Marcelinho Paraíba, Montoya (Sport), Chicão, Memo, Natan, Sandro Manoel (Santa Cruz). Cartões vermelhos: Carlinhos Bala (Santa Cruz, do banco de reservas). Renda: R$ 566.635,00. Público: 31.998.
Do Blog do Torcedor/Blog do Fredson Paiva
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