O que faltou em brilho sobrou em eficiência para o Náutico vencer o Araripina por 3x0 neste sábado (3), nos Aflitos, pela abertura da 14ª rodada do Campeonato Pernambucano Coca-Cola. Os três pontos conquistados fizeram o timbu alcançar a liderança da competição ao menos provisoriamente, já que chegou aos 29 pontos. Agora, terá que "secar" Salgueiro e Sport neste domingo.
Sem Eduardo Ramos, com uma forte virose, o Náutico perdeu muito no toque de bola mais refinado no meio de campo. Mas conseguiu reinventar-se e vencer usando a força física, principalmente em seu setor defensivo. Apesar de marcar muito atrás na maior parte dos 90 minutos, o time da casa fez o suficiente para evitar um bombardeio do Araripina e nas poucas oportunidades que criou conseguiu um bom aproveitamento. Uma postura mais arriscada do que quando o técnico tinha o meia Cascata e o atacante Rogério.
O JOGO - Os dois times adotaram posturas bem semelhantes. Ninguém queria deixar o adversário tocar a bola perto de sua área. Nos primeiros cinco minutos os expedientes deram certo, pois só era possível sair jogando na base do chutão. Para superar essa marcação o jeito era tocar a bola com mais velocidade. E o Araripina fez isso primeiro e deu trabalho a Gideão num chute de Cristiano Sergipano, aos seis minutos.
A resposta alvirrubra foi fatal. Souza arriscou de longe e Bruno Grassi espalmou. Na sequência, Marquinho recebeu e cruzou na cabeça de Siloé. Com a marcação frouxa, o atacante subiu e cabeceou com estilo para fazer 1x0. No prejuízo, o Araripina tentou imprimir velocidade para buscar a igualdade. Conseguiu parcialmente.
O Náutico marcou mais atrás do círculo central, o que deu liberdade aos sertanejos. Porém, o bloqueio feito na frente da área deu certo. O Araripina teve posse de bola ofensiva mas não construía jogadas para entrar na área alvirrubra. Só o fazia nas bolas aéreas. Numa delas, Nílson desviou com o calcanhar na cobrança de escanteio e só não marcou um golaço porque Lenon entrou providencialmente com a cabeça para afastar.
Só que o tempo passou e o Náutico acusou um fenômeno muito comum aos times que optam pelo recuo quando conseguem a vantagem: da intermediária defensiva, a marcação recuou ainda mais. Resultado: três terços do campo dominados pelo Araripina e muita gritaria do goleiro Gideão para tirar seus companheiros de dentro de sua área. Para se ter uma ideia em mais de uma oportunidade, os jogadores do Náutico tiveram que se atirar na frente dos atacantes do Araripina para bloquear as finalizações.
Enquanto isso, lá na frente o time da casa também sofria para alimentar seus atacantes. Tanto que aos 31 minutos o técnico Waldemar Lemos já queimava duas substituições. Com câimbras, Rodrigo Tiuí deu lugar a Doriélton. Insatisfeito com Marcos Vinícius - que entrou de última hora no lugar de Eduardo Ramos, com uma forte virose -, o treinador o tirou para acionar Auremir e deixar Souza mais adiantado. Não mudou muita coisa, pois o Bode ficou mais com a bola no setor de defesa do Náutico.
Sem criatividade, a bola parada deu o desafogo que os alvirrubros precisavam. Aos 44 minutos, Souza mandou na área e Gustavo desviou de cabeça. Bruno Grassi nem se mexeu. Apenas viu a bola entrar em seu canto esquerdo.
Os donos da casa voltaram para o segundo tempo com uma postura um pouco mais adiantada. Principalmente os atacantes, que fixaram-se mais perto da área e aliviou a pressão do Araripina. Faltou apenas o meio de campo acompanhar o posicionamento para evitar clarões. Dessa forma, o Araripina tinha mais posse de bola mas sem deixar os atacantes em condições de finalizar. Há de se reconhecer também a limitação técnica dos atletas do Bode.
O andar da carruagem deixava a partida morna, quase fria. Até Auremir tirar um coelho da cartola aos 14 minutos. Ele fez um belo passe para Doriélton, que dominou com o peito e chutou forte, no canto.
Dois minutos depois, Cristóvão entrou na área. Gustavo disputou a bola com ele e foi projetando o corpo em cima do jogador do Araripina. Ele não se fez de rogado e deixou o corpo cair. O árbitro Neílson Santos não titubeou em marcar o pênalti. Aílton foi para a cobrança e mandou uma bomba no travessão.
Foi a senha para o time visitante perder a tranquilidade de vez. Se o passe final era o problema, agora começou no meio de campo. Isso facilitou os contra-ataques do timbu, tanto que Siloé e Doriélton tiveram grandes oportunidades de ampliar o placar aos 18 e 24 minutos, respectivamente. O Náutico atacava quando queria e queria cada vez menos porque a vitória estava mais que garantida. O Araripina tentava o gol quando podia e podia cada vez menos pelos seus próprios erros. Nesse panorama o placar não mudou mais.
Ficha do jogo:
Náutico: Gideão; Marquinho (Lineker), Marlon, Gustavo e Jefferson; Lenon, Souza, Derley e Marcos Vinícius (Auremir); Siloé e Rodrigo Tiuí (Doriélton). Técnico: Waldemar Lemos.
Araripina: Bruno Grassi; Jamersson, Nílson, Éverton e Ailton; Gideon, Jackson, Vassoura (Fabinho Vitória) e Rosembrick (Thiago Orobó); Cristóvão (Índio) e Cristiano Sergipano. Técnico: Adelmo Soares.
Local: Aflitos. Horário: 19h. Árbitro: Neilson Santos. Assistentes: Erich Bandeira e Anderson Freitas. Gols: Siloé, aos sete; e Gustavo, aos 44 do primeiro tempo. Doriélton, aos 14 do segundo. Cartões amarelos: Lenon, Souza, Doriélton, Gideon, Jamersson, Aílton, Cristóvão e Jackson.
Do NE10/Blog do Fredson
Sem Eduardo Ramos, com uma forte virose, o Náutico perdeu muito no toque de bola mais refinado no meio de campo. Mas conseguiu reinventar-se e vencer usando a força física, principalmente em seu setor defensivo. Apesar de marcar muito atrás na maior parte dos 90 minutos, o time da casa fez o suficiente para evitar um bombardeio do Araripina e nas poucas oportunidades que criou conseguiu um bom aproveitamento. Uma postura mais arriscada do que quando o técnico tinha o meia Cascata e o atacante Rogério.
O JOGO - Os dois times adotaram posturas bem semelhantes. Ninguém queria deixar o adversário tocar a bola perto de sua área. Nos primeiros cinco minutos os expedientes deram certo, pois só era possível sair jogando na base do chutão. Para superar essa marcação o jeito era tocar a bola com mais velocidade. E o Araripina fez isso primeiro e deu trabalho a Gideão num chute de Cristiano Sergipano, aos seis minutos.
A resposta alvirrubra foi fatal. Souza arriscou de longe e Bruno Grassi espalmou. Na sequência, Marquinho recebeu e cruzou na cabeça de Siloé. Com a marcação frouxa, o atacante subiu e cabeceou com estilo para fazer 1x0. No prejuízo, o Araripina tentou imprimir velocidade para buscar a igualdade. Conseguiu parcialmente.
O Náutico marcou mais atrás do círculo central, o que deu liberdade aos sertanejos. Porém, o bloqueio feito na frente da área deu certo. O Araripina teve posse de bola ofensiva mas não construía jogadas para entrar na área alvirrubra. Só o fazia nas bolas aéreas. Numa delas, Nílson desviou com o calcanhar na cobrança de escanteio e só não marcou um golaço porque Lenon entrou providencialmente com a cabeça para afastar.
Só que o tempo passou e o Náutico acusou um fenômeno muito comum aos times que optam pelo recuo quando conseguem a vantagem: da intermediária defensiva, a marcação recuou ainda mais. Resultado: três terços do campo dominados pelo Araripina e muita gritaria do goleiro Gideão para tirar seus companheiros de dentro de sua área. Para se ter uma ideia em mais de uma oportunidade, os jogadores do Náutico tiveram que se atirar na frente dos atacantes do Araripina para bloquear as finalizações.
Enquanto isso, lá na frente o time da casa também sofria para alimentar seus atacantes. Tanto que aos 31 minutos o técnico Waldemar Lemos já queimava duas substituições. Com câimbras, Rodrigo Tiuí deu lugar a Doriélton. Insatisfeito com Marcos Vinícius - que entrou de última hora no lugar de Eduardo Ramos, com uma forte virose -, o treinador o tirou para acionar Auremir e deixar Souza mais adiantado. Não mudou muita coisa, pois o Bode ficou mais com a bola no setor de defesa do Náutico.
Sem criatividade, a bola parada deu o desafogo que os alvirrubros precisavam. Aos 44 minutos, Souza mandou na área e Gustavo desviou de cabeça. Bruno Grassi nem se mexeu. Apenas viu a bola entrar em seu canto esquerdo.
Os donos da casa voltaram para o segundo tempo com uma postura um pouco mais adiantada. Principalmente os atacantes, que fixaram-se mais perto da área e aliviou a pressão do Araripina. Faltou apenas o meio de campo acompanhar o posicionamento para evitar clarões. Dessa forma, o Araripina tinha mais posse de bola mas sem deixar os atacantes em condições de finalizar. Há de se reconhecer também a limitação técnica dos atletas do Bode.
O andar da carruagem deixava a partida morna, quase fria. Até Auremir tirar um coelho da cartola aos 14 minutos. Ele fez um belo passe para Doriélton, que dominou com o peito e chutou forte, no canto.
Dois minutos depois, Cristóvão entrou na área. Gustavo disputou a bola com ele e foi projetando o corpo em cima do jogador do Araripina. Ele não se fez de rogado e deixou o corpo cair. O árbitro Neílson Santos não titubeou em marcar o pênalti. Aílton foi para a cobrança e mandou uma bomba no travessão.
Foi a senha para o time visitante perder a tranquilidade de vez. Se o passe final era o problema, agora começou no meio de campo. Isso facilitou os contra-ataques do timbu, tanto que Siloé e Doriélton tiveram grandes oportunidades de ampliar o placar aos 18 e 24 minutos, respectivamente. O Náutico atacava quando queria e queria cada vez menos porque a vitória estava mais que garantida. O Araripina tentava o gol quando podia e podia cada vez menos pelos seus próprios erros. Nesse panorama o placar não mudou mais.
Ficha do jogo:
Náutico: Gideão; Marquinho (Lineker), Marlon, Gustavo e Jefferson; Lenon, Souza, Derley e Marcos Vinícius (Auremir); Siloé e Rodrigo Tiuí (Doriélton). Técnico: Waldemar Lemos.
Araripina: Bruno Grassi; Jamersson, Nílson, Éverton e Ailton; Gideon, Jackson, Vassoura (Fabinho Vitória) e Rosembrick (Thiago Orobó); Cristóvão (Índio) e Cristiano Sergipano. Técnico: Adelmo Soares.
Local: Aflitos. Horário: 19h. Árbitro: Neilson Santos. Assistentes: Erich Bandeira e Anderson Freitas. Gols: Siloé, aos sete; e Gustavo, aos 44 do primeiro tempo. Doriélton, aos 14 do segundo. Cartões amarelos: Lenon, Souza, Doriélton, Gideon, Jamersson, Aílton, Cristóvão e Jackson.
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