As Secretarias da Fazenda e de Defesa Social, em parceria com o Ministério Público de Pernambuco, deram início na madrugada de terça-feira (06), a Operação Gipsita que, em cumprimento a 34 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça, tem como objetivo desarticular esquema de sonegação fiscal no pólo gesseiro e identificar contribuintes que vêm se beneficiando da fraude.
A ação, considerada a maior no segmento nos últimos tempos, abrange os municípios de Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi e Bodocó, e conta com a participação de 250 agentes, sendo 80 auditores fiscais, 120 policiais civis e 50 policiais militares. A ação foi iniciada à uma hora da manhã, com uma reunião operacional realizada em Salgueiro que contou com a participação do secretário da Fazenda, Paulo Câmara, do secretário executivo da Receita Estadual, Oscar Victor Santos, e do diretor de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Moraes.
Ao término da reunião, os 250 agentes se dividiram para cumprir os mandados judiciais nos municípios envolvidos na operação. “Apesar das ações governamentais de incentivo a essa atividade econômica, diversas empresas seguiram o caminho da sonegação fiscal através do envolvimento num esquema fraudulento que passa pela emissão de nota fiscal eletrônica inidônea, falsificação de Documento de Arrecadação Estadual (DAE), dentre outros”, explica o secretário da Fazenda, Paulo Câmara. Para o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio a Operação representa o espírito do Pacto pela Vida, onde com a integração das diversas agências (SDS, SEFAZ, MP e Poder Judiciário), e com um trabalho de investigação qualificada, usando-se técnicas de vanguarda, consegue-se atingir o seio das organizações criminosas, inclusive, como no caso criminoso do colarinho branco.
“Os trabalhos de investigação tiveram início em meados de 2010, através de diligências conduzidas pela Delegacia Especializada no Combate ao Crime Contra Ordem Tributária – DECCOT, juntamente com a SEFAZ, através da Diretoria de Fiscalização de Mercadorias e da Diretoria Regional de Petrolina”, afirma o diretor de operações da Polícia Civil, Osvaldo Moraes. A fraude consiste na criação de empresas que, de posse dos certificados digitais exigidos para emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), passam a vendê-las para terceiros, juntamente com o respectivo Documento Auxiliar a NF-e (DANFE). Como as empresa eram fictícias ou constituídas em nome de laranjas, os tributos jamais eram recolhidos aos cofres públicos.
As vendas de NF-e eram feitas para empresas de todo País, inclusive para empresas estabelecidas em Pernambuco que possuem sua própria inscrição estadual, mas utilizam o esquema para proceder a saída do gesso e derivados, sem a devida escrituração e o recolhimento do tributo. Assim, a empresa beneficiada ainda oculta o seu real faturamento e permanece indevidamente enquadrada no Simples Nacional.
“Na seqüência da fraude, Documentos de Arrecadação Estadual (DAE) eram falsificados, assim como as respectivas autenticações bancárias e, por vezes, até carimbos de auditores eram criados para simular a passagem nos postos de fiscalização, tudo visando, desta vez, o não recolhimento do ICMS sobre o frete também devido na operação”, ressalta Câmara. Além de empresários e despachantes, há contadores envolvidos na arquitetura da fraude, tendo, inclusive, mandado de prisão expedido contra um deles.
Como medida para inibir a continuidade da fraude e a concorrência desleal no setor, a Secretaria da Fazenda vai intensificar a fiscalização no pólo gesseiro visando identificar outras empresas que se beneficiaram do esquema. Com relação ao ICMS Frete, a Sefaz já finalizou estudo para alteração na legislação com vistas a coibir tais práticas, que deve ocorrer já no início do próximo ano.
HISTÓRICO DO POLO GESSEIRO – Localizado no extremo oeste de Pernambuco, na Região do Araripe, abrangendo os municípios de Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi e Bodocó, o Pólo Gesseiro se apresenta como um conjunto de empresas de micro, pequeno e médio porte responsável por 95% da produção de gipsita no Brasil.
Entre empresas de mineração, indústrias de beneficiamento, empresas de transformação, comercialização e distribuição do gesso e seus derivados, cerca de 480 empresas fazem parte desta cadeia de produção, gerando cerca de 12 mil empregos diretos e aproximadamente 60 mil indiretos. Com uma produção anual média de 5 milhões de toneladas, o Pólo Gesseiro de Pernambuco possui uma reserva estimada em 1,22 bilhão de toneladas, sendo umas das mais expressivas e importantes do mundo, principalmente considerando o alto teor de pureza do gesso.
Com informações da Assessoria de Comunicação
Fotos - Fredson Paiva
A ação, considerada a maior no segmento nos últimos tempos, abrange os municípios de Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi e Bodocó, e conta com a participação de 250 agentes, sendo 80 auditores fiscais, 120 policiais civis e 50 policiais militares. A ação foi iniciada à uma hora da manhã, com uma reunião operacional realizada em Salgueiro que contou com a participação do secretário da Fazenda, Paulo Câmara, do secretário executivo da Receita Estadual, Oscar Victor Santos, e do diretor de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Moraes.
Ao término da reunião, os 250 agentes se dividiram para cumprir os mandados judiciais nos municípios envolvidos na operação. “Apesar das ações governamentais de incentivo a essa atividade econômica, diversas empresas seguiram o caminho da sonegação fiscal através do envolvimento num esquema fraudulento que passa pela emissão de nota fiscal eletrônica inidônea, falsificação de Documento de Arrecadação Estadual (DAE), dentre outros”, explica o secretário da Fazenda, Paulo Câmara. Para o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio a Operação representa o espírito do Pacto pela Vida, onde com a integração das diversas agências (SDS, SEFAZ, MP e Poder Judiciário), e com um trabalho de investigação qualificada, usando-se técnicas de vanguarda, consegue-se atingir o seio das organizações criminosas, inclusive, como no caso criminoso do colarinho branco.
“Os trabalhos de investigação tiveram início em meados de 2010, através de diligências conduzidas pela Delegacia Especializada no Combate ao Crime Contra Ordem Tributária – DECCOT, juntamente com a SEFAZ, através da Diretoria de Fiscalização de Mercadorias e da Diretoria Regional de Petrolina”, afirma o diretor de operações da Polícia Civil, Osvaldo Moraes. A fraude consiste na criação de empresas que, de posse dos certificados digitais exigidos para emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), passam a vendê-las para terceiros, juntamente com o respectivo Documento Auxiliar a NF-e (DANFE). Como as empresa eram fictícias ou constituídas em nome de laranjas, os tributos jamais eram recolhidos aos cofres públicos.
As vendas de NF-e eram feitas para empresas de todo País, inclusive para empresas estabelecidas em Pernambuco que possuem sua própria inscrição estadual, mas utilizam o esquema para proceder a saída do gesso e derivados, sem a devida escrituração e o recolhimento do tributo. Assim, a empresa beneficiada ainda oculta o seu real faturamento e permanece indevidamente enquadrada no Simples Nacional.
“Na seqüência da fraude, Documentos de Arrecadação Estadual (DAE) eram falsificados, assim como as respectivas autenticações bancárias e, por vezes, até carimbos de auditores eram criados para simular a passagem nos postos de fiscalização, tudo visando, desta vez, o não recolhimento do ICMS sobre o frete também devido na operação”, ressalta Câmara. Além de empresários e despachantes, há contadores envolvidos na arquitetura da fraude, tendo, inclusive, mandado de prisão expedido contra um deles.
Como medida para inibir a continuidade da fraude e a concorrência desleal no setor, a Secretaria da Fazenda vai intensificar a fiscalização no pólo gesseiro visando identificar outras empresas que se beneficiaram do esquema. Com relação ao ICMS Frete, a Sefaz já finalizou estudo para alteração na legislação com vistas a coibir tais práticas, que deve ocorrer já no início do próximo ano.
HISTÓRICO DO POLO GESSEIRO – Localizado no extremo oeste de Pernambuco, na Região do Araripe, abrangendo os municípios de Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi e Bodocó, o Pólo Gesseiro se apresenta como um conjunto de empresas de micro, pequeno e médio porte responsável por 95% da produção de gipsita no Brasil.
Entre empresas de mineração, indústrias de beneficiamento, empresas de transformação, comercialização e distribuição do gesso e seus derivados, cerca de 480 empresas fazem parte desta cadeia de produção, gerando cerca de 12 mil empregos diretos e aproximadamente 60 mil indiretos. Com uma produção anual média de 5 milhões de toneladas, o Pólo Gesseiro de Pernambuco possui uma reserva estimada em 1,22 bilhão de toneladas, sendo umas das mais expressivas e importantes do mundo, principalmente considerando o alto teor de pureza do gesso.
Com informações da Assessoria de Comunicação
Fotos - Fredson Paiva
Até que enfim.Agora é continuar
ResponderExcluircom forte fiscalização e aperto maior na Legislação Estadual.
É por isso que a gente vê ai o povo ai enriquecendo da noite para o dia. A PF tá de parabéns!
ResponderExcluirNão concordo com vc, em partes anônimo, pois tem muita gente de bem nesse meio que já trabalha há muito tempo nesse ramo e não é rico...eles deveriam ir em Brasília prender aquele monte de bandido, que usam o dinheiro público como se fosse deles, o nosso dinheiro, e o que acontece com eles???Te respondo: nada, e acontece: a cada dia ficam mais ricos...e outra, o Estado deveria dar mais incentivo a esse polo gesseiro, pois tenho certeza que vc não tem noção da quantidade de impostos que os donos de empresas tem que pagar...o que aconteceu não é certo, mas que o descaso por parte dos governandtes com quem realmente quer trabalhar é grande...É uma pena!
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