Acaba a luta de José Alencar Gomes da Silva. Após 13 anos de combate a um câncer no abdome e 17 cirurgias, o ex-vice-presidente da República José Alencar faleceu às 14h41 desta terça-feira (29), aos 79 anos.
Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde segunda-feira (28), por conta de um "quadro de oclusão intestinal e peritonite, em condições críticas". Alencar estava sedado e morreu cercado pela família.
HISTÓRICO - Alencar lutava contra o câncer desde 1997, quando, após se submeter a um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano.
No ano 2000, uma nova cirurgia removeu um tumor na próstata. Depois de retirar outros nódulos no abdme, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.
José Alencar foi vice-presidente durante as duas gestões de Luis Inácio Lula da Silva (PT). Era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia.
O médico Raul Cutait, um dos coordenadores da equipe que cuida do ex-vice-presidente disse mais cedo que o ex-vice-presidente voltou a apresentar uma perfuração no abdômen e que a preocupação da equipe era minimizar o sofrimento do paciente. Alencar estava sedado e não tinha condições de ser operado.
José Alencar tinha recebido alta no dia 16 de março, após ter sido internado no dia 9 de fevereiro por causa de uma peritonite, que é uma inflamação no peritônio - membrana que reveste as paredes do abmônen - causada por uma perfuração no intestino.
Alencar interrompeu as sessões de quimioterapia há mais de um mês, devido a obstruções no intestino descobertas em novembro. O vice-presidente passou alguns dias na UTI Cardiológica e começou a fazer sessões de hemodiálise depois que os médicos detectaram piora da função renal.
Em setembro deste ano, Alencar foi internado no mesmo hospital em razão de um edema agudo de pulmão. Em julho, por causa de uma crise de hipertensão, ficou hospitalizado e passou por um cateterismo. Em novembro, durante outro período de internação, sofreu um infarto.
JOSÉ ALENCAR - O MINEIRO QUE EMOCIONOU O BRASIL
José Alencar Gomes da Silva nasceu no dia 17 de outubro de 1931, em Itamuri, município de Muriaé, na Zona da Mata de Minas Gerais.
O gosto pelo comércio começou cedo. Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, deixou a casa dos pais aos 14 anos. Passou a trabalhar como balconista numa lojinha de Muriaé. Começou ganhando 600 cruzeiros por mês. Pouco tempo depois, recebeu proposta mais vantajosa, e mudou-se para Caratinga (MG), onde continuou a trabalhar de balconista. Aos 18 anos, emancipado pelo pai, estabeleceu-se como comerciante, com a lojinha A Queimadeira.
Depois, virou viajante comercial, atacadista de cereais, dono de fábrica de macarrão, atacadista de tecidos e industrial do ramo de confecções.
Mas foi em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, da área de beneficiamento de algodão, que deu seu maior passo na área industrial. Fundou em Montes Claros (MG) a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), um dos maiores grupos têxteis do Brasil, com 11 unidades industriais em quatro Estados. As plantas produzem e distribuem fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis, vendidos no mercado interno, nos Estados Unidos, Europa e países do Mercosul.
Passando pelas entidades empresariais, Alencar foi presidente da Associação Comercial de Ubá, diretor da Associação Comercial de Minas, presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Entrou na política em 1994, quando candidatou-se ao Governo de Minas. Em 1998, foi candidato ao Senado e elegeu-se com quase três milhões de voto.
Em 2002, compôs a chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e em 2003 chegou ao mais alto cargo de sua vida pública. Elegeu-se vice-presidente para o período 2003-2006, quando se reelegeu.
HOMENAGENS - Recebeu inúmeros títulos de reconhecimento, entre os quais os de Doutor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Viçosa (MG), em dezembro de 2002; Professor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), em junho de 2003; Professor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Técnico Administrativo do Senai/Cetiqt, do Rio de Janeiro, em julho de 2003; Doutor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Universitário da Universidade Estadual de Minas Gerais – Unimontes, de Montes Claros (MG), em abril de 2004.
Foi distinguido também as seguintes condecorações: Nacionais - Ordem do Mérito Legislativo – 1985; Comenda do Mérito Cairu – 1985; Ordem de Rio Branco, Oficial – 1989; Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, Comendador – 1991; Ordem do Mérito Militar, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Judiciário Militar, Grã-Cruz – 2003; Medalha do Pacificador – 2003; Ordem de Rio Branco, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Naval, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Aeronáutico, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito da Defesa, Grã-Cruz – 2003. Estaduais - Medalha da Associação Comercial de Minas - Empresário Destaque – 1970; Medalha da Associação Comercial de Minas - Empresário Destaque – 1975; Comenda do Mérito Industrial – 1976; Grande Medalha da Inconfidência – 1983; Medalha do Mérito Santos Dumont – 1985; Medalha da Ordem do Mérito Legislativo – 1985; Medalha Alferes Tiradentes - Bicentenário da Inconfidência Mineira – 1989; Medalha Comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais – 1989; Medalha do Grande Mérito Comercial – 1987; Comenda do Mérito Municipalista - 2003; Medalha Promotor de Justiça Ozanam Coelho – 2003; Grande Colar da Ordem do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – 2003; Grande Colar do Mérito Legislativo Municipal – Câmara Municipal de Belo Horizonte – 2003; Ordem do Mérito Aperipê – Governo do Estado de Sergipe – 2004; Colar do Mérito da Corte de Contas Ministro José Maria de Alkmim, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – 2004.
É Cidadão Honorário dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e do Distrito Federal, bem como dos seguintes municípios brasileiros: Além Paraíba, Alpinópolis, Araguari, Arcos, Belo Horizonte, Betim, Bom Despacho, Carangola, Caratinga, Cataguases, Divinópolis, Formiga, Frutal, Guaxupé, Itabira, Ituiutaba, Janaúba, João Monlevade, Juiz de Fora, Lavras, Leopoldina, Mariana, Monte Alegre, Monte Carmelo, Montes Claros, Paracatu, Pará de Minas, Paraopeba, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pirapora, Poços de Caldas, Ponte Nova, Pouso Alegre, Prata, Rosário da Limeira, Santa Luzia, São João del Rei, São Sebastião do Paraíso, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Timóteo, Tiradentes, Três Corações, Tupaciguara, Turmalina, Ubá, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Várzea da Palma, todos em Minas Gerais, e Campina Grande (PB) e Natal (RN).
DOENÇA - Alencar lutou contra o câncer desde 1997, quando, após se submeter a um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano.
No ano 2000, uma nova cirurgia removeu um tumor na próstata. Depois de retirar outros nódulos no abdme, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.
Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde quarta-feira (20), por conta de uma grave hemorragia no abdome. Alencar chegou a ser operado às pressas, mas o sangramento não parou. Ao todo foram 17 cirurgias.
O vice-presidente morreu na tarde terça (29).
José Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia. Deixa de lição sua imensa vontade de viver.
Fonte - JC Online/Blog do Jamildo
Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde segunda-feira (28), por conta de um "quadro de oclusão intestinal e peritonite, em condições críticas". Alencar estava sedado e morreu cercado pela família.
HISTÓRICO - Alencar lutava contra o câncer desde 1997, quando, após se submeter a um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano.
No ano 2000, uma nova cirurgia removeu um tumor na próstata. Depois de retirar outros nódulos no abdme, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.
José Alencar foi vice-presidente durante as duas gestões de Luis Inácio Lula da Silva (PT). Era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia.
O médico Raul Cutait, um dos coordenadores da equipe que cuida do ex-vice-presidente disse mais cedo que o ex-vice-presidente voltou a apresentar uma perfuração no abdômen e que a preocupação da equipe era minimizar o sofrimento do paciente. Alencar estava sedado e não tinha condições de ser operado.
José Alencar tinha recebido alta no dia 16 de março, após ter sido internado no dia 9 de fevereiro por causa de uma peritonite, que é uma inflamação no peritônio - membrana que reveste as paredes do abmônen - causada por uma perfuração no intestino.
Alencar interrompeu as sessões de quimioterapia há mais de um mês, devido a obstruções no intestino descobertas em novembro. O vice-presidente passou alguns dias na UTI Cardiológica e começou a fazer sessões de hemodiálise depois que os médicos detectaram piora da função renal.
Em setembro deste ano, Alencar foi internado no mesmo hospital em razão de um edema agudo de pulmão. Em julho, por causa de uma crise de hipertensão, ficou hospitalizado e passou por um cateterismo. Em novembro, durante outro período de internação, sofreu um infarto.
JOSÉ ALENCAR - O MINEIRO QUE EMOCIONOU O BRASIL
José Alencar Gomes da Silva nasceu no dia 17 de outubro de 1931, em Itamuri, município de Muriaé, na Zona da Mata de Minas Gerais.
O gosto pelo comércio começou cedo. Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, deixou a casa dos pais aos 14 anos. Passou a trabalhar como balconista numa lojinha de Muriaé. Começou ganhando 600 cruzeiros por mês. Pouco tempo depois, recebeu proposta mais vantajosa, e mudou-se para Caratinga (MG), onde continuou a trabalhar de balconista. Aos 18 anos, emancipado pelo pai, estabeleceu-se como comerciante, com a lojinha A Queimadeira.
Depois, virou viajante comercial, atacadista de cereais, dono de fábrica de macarrão, atacadista de tecidos e industrial do ramo de confecções.
Mas foi em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, da área de beneficiamento de algodão, que deu seu maior passo na área industrial. Fundou em Montes Claros (MG) a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), um dos maiores grupos têxteis do Brasil, com 11 unidades industriais em quatro Estados. As plantas produzem e distribuem fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis, vendidos no mercado interno, nos Estados Unidos, Europa e países do Mercosul.
Passando pelas entidades empresariais, Alencar foi presidente da Associação Comercial de Ubá, diretor da Associação Comercial de Minas, presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Entrou na política em 1994, quando candidatou-se ao Governo de Minas. Em 1998, foi candidato ao Senado e elegeu-se com quase três milhões de voto.
Em 2002, compôs a chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e em 2003 chegou ao mais alto cargo de sua vida pública. Elegeu-se vice-presidente para o período 2003-2006, quando se reelegeu.
HOMENAGENS - Recebeu inúmeros títulos de reconhecimento, entre os quais os de Doutor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Viçosa (MG), em dezembro de 2002; Professor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), em junho de 2003; Professor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Técnico Administrativo do Senai/Cetiqt, do Rio de Janeiro, em julho de 2003; Doutor Honoris Causa, concedido pelo Conselho Universitário da Universidade Estadual de Minas Gerais – Unimontes, de Montes Claros (MG), em abril de 2004.
Foi distinguido também as seguintes condecorações: Nacionais - Ordem do Mérito Legislativo – 1985; Comenda do Mérito Cairu – 1985; Ordem de Rio Branco, Oficial – 1989; Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, Comendador – 1991; Ordem do Mérito Militar, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Judiciário Militar, Grã-Cruz – 2003; Medalha do Pacificador – 2003; Ordem de Rio Branco, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Naval, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Aeronáutico, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, Grã-Cruz – 2003; Ordem do Mérito da Defesa, Grã-Cruz – 2003. Estaduais - Medalha da Associação Comercial de Minas - Empresário Destaque – 1970; Medalha da Associação Comercial de Minas - Empresário Destaque – 1975; Comenda do Mérito Industrial – 1976; Grande Medalha da Inconfidência – 1983; Medalha do Mérito Santos Dumont – 1985; Medalha da Ordem do Mérito Legislativo – 1985; Medalha Alferes Tiradentes - Bicentenário da Inconfidência Mineira – 1989; Medalha Comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais – 1989; Medalha do Grande Mérito Comercial – 1987; Comenda do Mérito Municipalista - 2003; Medalha Promotor de Justiça Ozanam Coelho – 2003; Grande Colar da Ordem do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – 2003; Grande Colar do Mérito Legislativo Municipal – Câmara Municipal de Belo Horizonte – 2003; Ordem do Mérito Aperipê – Governo do Estado de Sergipe – 2004; Colar do Mérito da Corte de Contas Ministro José Maria de Alkmim, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais – 2004.
É Cidadão Honorário dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e do Distrito Federal, bem como dos seguintes municípios brasileiros: Além Paraíba, Alpinópolis, Araguari, Arcos, Belo Horizonte, Betim, Bom Despacho, Carangola, Caratinga, Cataguases, Divinópolis, Formiga, Frutal, Guaxupé, Itabira, Ituiutaba, Janaúba, João Monlevade, Juiz de Fora, Lavras, Leopoldina, Mariana, Monte Alegre, Monte Carmelo, Montes Claros, Paracatu, Pará de Minas, Paraopeba, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pirapora, Poços de Caldas, Ponte Nova, Pouso Alegre, Prata, Rosário da Limeira, Santa Luzia, São João del Rei, São Sebastião do Paraíso, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Timóteo, Tiradentes, Três Corações, Tupaciguara, Turmalina, Ubá, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Várzea da Palma, todos em Minas Gerais, e Campina Grande (PB) e Natal (RN).
DOENÇA - Alencar lutou contra o câncer desde 1997, quando, após se submeter a um check-up, foi encontrado um tumor no rim direito e outro no estômago, retirados naquele mesmo ano.
No ano 2000, uma nova cirurgia removeu um tumor na próstata. Depois de retirar outros nódulos no abdme, Alencar foi diagnosticado com câncer no intestino.
Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde quarta-feira (20), por conta de uma grave hemorragia no abdome. Alencar chegou a ser operado às pressas, mas o sangramento não parou. Ao todo foram 17 cirurgias.
O vice-presidente morreu na tarde terça (29).
José Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia. Deixa de lição sua imensa vontade de viver.
Fonte - JC Online/Blog do Jamildo
Deveriam conceder feriado nacional!
ResponderExcluirJosé Alencar foi um grande político!
Um grande homem, lutou até a morte, contra o câncer! Mas....a morte, ela vem, e não há luta, ela se apossa, e não retorno.
É um dia extremamente triste.
Abraços.