quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O SONHO DE QUALQUER CIDADÃO - PAIVA NETTO


Em outubro de 1981, conversando com o jornalista italiano radicado no Brasil, Paulo Parisi, ao defender que a mulher precisa ser mais valorizada, podendo inclusive eleger-se presidente da república, ressaltei que a importância do papel dela na sociedade se comprova logo no início da vida. Sem o poder feminino, com o dom de serem mães, nem aqui estaríamos.

O tempo mostrou-nos que o raciocínio estava correto. A economista Dilma Rousseff, que tomou posse como a primeira presidenta de nosso país, é destacado exemplo disso. No parlatório do Palácio do Planalto, um trecho de suas palavras confirma o anseio de todos: “Meu sonho é o mesmo de qualquer cidadão. O sonho de que uma mãe e um pai possam oferecer a seus filhos oportunidades melhores do que as que tiveram. É um sonho que constrói um país, uma família, uma nação. É o desafio que ergue um país”.
Que o êxito do novo governo seja o de todos os brasileiros!

COMO, MALRAUX?!

André Malraux (1901-1976), intelectual dos mais festejados, famoso ministro da cultura da França, manifestou um grave pensamento de sua intimidade: “O século XXI será religioso ou não existirá”. Contudo, prezado Malraux, não mais religião como nefando conflito, mas, sim, o procedimento eterno do amor divino, que quer que nos amemos uns aos outros, como Jesus nos ensina no Evangelho segundo João, 13:34 e 35; e, 15:13: “Novo Mandamento vos dou: Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos. Não há maior amor do que este: doar a própria vida pelos seus amigos”.

Por isso mesmo, João Evangelista escreveu em sua Primeira Epístola, 4:7, 8, 20 e 21: “7 Amados, amemo-nos uns aos outros; porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece Deus. “8 Aquele que não ama não conhece Deus; porque Deus é amor, Deus é caridade. “20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. “21 Ora, temos da parte Dele este mandamento, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão”. Eis a mensagem permanente do Natal e de um Ano-Novo em que haja mais humanidade da humanidade para a Humanidade. E se “o século XXI (...) não existirá” se não for religioso, que o seja mais: transmude-se no grande amplexo das religiões, em gloriosa religião de amor e de fraternidade.

“MEMÓRIAS”

Da revista “Boa Vontade”, edição 228, este registro: “O poeta, ensaísta e crítico literário Antonio Carlos Secchin, membro da Academia Brasileira de Letras, lançou, no Rio de Janeiro/RJ, ‘Memórias de um leitor de poesias e outros ensaios’. O início da obra traz um balanço sobre os quase 40 anos de dedicação do autor ao ofício da leitura e pesquisa de poesia e à transmissão dessa paixão ao público. O livro contém ainda 18 ensaios, a maioria sobre poetas brasileiros do passado e da atualidade. “Em concorrida sessão de autógrafos, prestigiada por amigos e companheiros da ABL, o autor dedicou exemplar da obra ao dirigente da LBV, com a mensagem: ‘Ao Paiva Netto, esperando que estas Memórias de um leitor de poesias e outros ensaios lhe sejam agradáveis! Obrigado, um abraço, Secchin’”.
Grato, prezado Secchin!

61 ANOS DA LBV

Deixo aqui o meu agradecimento a tantos amigos que nos endereçaram mensagens natalinas, votos de um feliz Ano-Novo e felicitações pelos 61 anos da LBV, comemorados em primeiro de janeiro, Dia da Confraternização Universal. É a expressão de fraternidade que ornamenta a vida. Trata-se, portanto, da melodia que entoamos em cada ato de compaixão, de solidariedade, de justiça. Que o bem-estar celestial se faça presente no seio de nossos familiares, amigos, enfim, da Humanidade. Ave, 2011! Sol lucet omnibus.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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