Dos 370 municípios brasileiros que já realizaram o evantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 24 estão em risco de surto depois de registrarem a presença de larvas do mosquito em mais de 4% das residências pesquisadas. O alerta foi dado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde após a atualização do levantamento feito em várias localidades do país, como informa a reportagem do DP.
O Nordeste, de acordo com os dados consolidados, concentra o maior número de municípios em risco de surto. São 17 no total. Dez destas cidades são pernambucanas: Afogados da Ingazeira (com índice de infestação de 11,7%); Bezerros (10,2%); Serra Talhada (8,2%); Ouricuri (7,2%); Floresta (5,7%); Santa Cruz do Capibaribe (5,4%) ; Timbaúba (4,9%); Araripina (4,6%); Pesqueira (4,4%); Camaragibe (4,1%).
Recife (1,9%) está entre as 14 capitais em situação de alerta, com índice de infestação entre 1% e 3,9%. Na mesma situação estão Salvador, Palmas, Belém, Rio de Janeiro, Maceió, Natal, Goiânia, Cuiabá, Aracaju, Manaus, Boa Vista, Fortaleza e Vitória. De acordo com o Ministério da Saúde, essas cidades merecem total atenção, pois qualquer descontinuidade nas ações de controle pode alterar o quadro para situação de risco.
Outras 192 cidades brasileiras estão em situação satisfatória, com focos de larvas em menos de 1% das residências. Entre elas estão 10 capitais: Macapá, São Luís, Teresina, João Pessoa, Brasília, Campo Grande, Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte e São Paulo.
Das 427 cidades que se propuseram a fazer o LIRAa, o ministério aguarda a consolidação dos dados em 127, entre elas Cuririba. Há três semanas, o Ministério da Saúde havia divulgado o primeiro resultado parcial do LIRAa 2010, quando 300 municípios haviam concluído o levantamento. Daquele total, 15 haviam apresentado risco de surto, 123 estavam em situação de alerta e 162 em situação satisfatória. No ano passado, 169 municípios fizeram o LIRAa.
A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município, além de revelar quais os principais tipos de criadouros por região. Os resultados reforçam a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, em especial nos municípios em risco e em alerta.
Fonte - Blog da Elba Galindo
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