segunda-feira, 28 de junho de 2010
ELEIÇÕES 2010 - EDUARDO ANUNCIA AS COLIGAÇÕES NESTA SEGUNDA
Nesta segunda-feira (28), representantes dos partidos da base aliada do governador Eduardo Campos (PSB) se reúnem na sede do PSB, no Recife, para definirem as coligações da disputa proporcional. Deve se confirmar a aliança em chapão entre os principais partidos governistas – PSB, PT, PTB, PDT, PR, PCdoB e PSC – tanto para a disputa para deputado federal quanto para deputado estadual. A dúvida fica com relação aos ingressos ou não de PP e PTC, que definem seus destinos também na próxima segunda-feira, se permanecem na aliança governista ou irão à disputa pela oposição.
A indicação do candidato a vice-governador na chapa à reeleição de Eduardo, se permanece João Lyra Neto (PDT) ou se ele será substituído, apesar de inquietar a base aliada, não estará na pauta desse encontro. O assunto só é tratado por Eduardo.
Os partidos aliados aguardam uma posição principalmente do PP – isso porque o PTC deve seguir os pepistas, seja qual for a decisão destes – para definirem quantos candidatos cada um indicará na coligação proporcional. O chapão governista tem direito a um número de candidatos equivalente ao dobro de vagas em disputa. São 50 candidatos a deputado federal e 98 a estadual – sendo 30% dessas vagas reservadas às mulheres – a serem divididos entre as sete principais siglas.
A divisão não é igualitária. Cada partido indicará mais ou menos candidatos a depender do seu poderio eleitoral. PSB, PT e PTB terão uma fatia maior. Se PP e PTC vierem para o chapão governista, a mesma quantidade de candidaturas passará a ser dividida pelas nove siglas. PP e PTC serão pragmáticos: disputarão as eleições onde tiverem condições de elegerem a maior quantidade de seus candidatos.
Além do chapão, a base governistas também deve comportar uma chapinha formada por PHS, PTN e PRB. O PHS, inclusive, confirma hoje, em convenção no Recife, apoio à reeleição de Eduardo. A reunião entre os representantes dos partidos também tratará de detalhes sobre a mobilização de militantes e organização da convenção da Frente Popular de Pernambuco, marcada para o próximo dia 30, no Clube Português do Recife.
JARBAS NA COSTURA FINAL PARA FECHAR A CHAPA
Pelo andar das negociações, o principal pré-candidato das oposições ao governo, senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), cogita anunciar o segundo candidato ao Senado só na quarta-feira (30), data da convenção conjunta dos partidos aliados (PMDB/DEM/PSDB/PPS/PMN). O evento, no Atlético Clube de Amadores, em Afogados, começa às 13h, mas Jarbas e os colegas de chapa, a vice, Miriam Lacerda, e o senador Marco Maciel (ambos do DEM), só devem chegar às 17h. A escassez de um “nome competitivo” ao Senado, como diz Jarbas, tem empurrado o anúncio, inclusive foi o motivo para o adiamento da convenção (antes prevista para o último dia 18).
Para completar, a agenda de Jarbas ficou apertada, nesta reta final. No sábado, ele passau o dia no Sertão (Ouricuri, Trindade e Araripina) e só retornou ao Recife na madrugada do domingo. Antes de ir para Brasília, na segunda, o único dia “livre” é amanhã. Existe a expectativa de que Jarbas e o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, tratem, enfim, das eleições no Estado. Eles tiveram uma conversa inicial, por telefone, na quarta passada. E jarbistas admitem que essa iniciativa do tucano em procurar o peemedebista serviu para “amenizar o clima pesado”. Em comum, eles são pragmáticos e precisam fechar a chapa. Guerra já liberou o PSDB para fechar um chapão nas eleições proporcionais. Ontem, o tucano, coordenador da campanha de José Serra à Presidência, esteve em Aracaju para tratar de aliança em torno da candidatura de João Alves (DEM-SE) ao governo.
Guerra prometeu, mais uma vez, prestigiar Jarbas “se der”, hoje, no Sertão. O dirigente tem dito que o nome que Jarbas escolher para o Senado ele apoiará. No bastidor, estariam no páreo: o ex-secretário estadual de Saúde, Guilherme Robalinho (PPS), o ex-ministro Gustavo Krause (DEM), o ex-presidente da OAB, Jayme Asfora (PMDB) e o deputado Raul Jungmann (PPS). Este sustenta que não foi convidado e que disputará à reeleição. Mas, especula-se que o “nó” seja a contrapartida que ele teria pedido: ser o nome das oposições para disputar a prefeitura em 2012. Um preço alto, já que esse é o mesmo desejo do deputado Raul Henry (PMDB) e do presidente do DEM, Mendonça Filho.
Fonte - JC
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