quarta-feira, 28 de abril de 2010
PERNAMBUCO - CONTA DE LUZ VAI BAIXAR
A conta de luz dos pernambucanos vai cair 8,70%, em média. Pela primeira vez, desde que a Celpe foi privatizada em 2000, o consumidor será beneficiado com um reajuste negativo. E o melhor: desta vez é oficial. Sem discussões na esfera judicial. Os índices foram aprovados ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De todas as classes, o maior desconto foi dado para os clientes cadastrados como baixa renda - mais da metade dos consumidores da Celpe - que terão redução de 14,48%. Para o segmento residencial, a queda será 8,87%. Os novos valores valem para as leituras de medidor realizadas a partir de amanhã. As contas com as tarifas reduzidas serão entregues a partir de junho. Outra boa notícia: acaba neste mês a cobrança do resíduo de 2005.
Para a consultora de RH, Maria Isabel Rocha, 52 anos, a redução na tarifa de luz veio em boa hora. Do último mês ao atual, a conta subiu de R$ 267,50 para R$ 387,44. Em kWh, isso significa um aumento de consumo de 475 para 732. Se a última leitura fosse faturada com as tarifas reduzidas, em vez de pagar R$ 387,44, ela pagaria R$ 354,56.
Uma diferença de R$ 32,88. "Qualquer coisa que reduza o que se paga na conta de luz é muito bom. Não importa o valor", defende ela. Em termos práticos, a cada 100 kWh consumidos pelas 1,2 milhão de unidades residenciais, a economia será de R$ 4,49. A tarifa, em média, vai passar de R$ 0,50 para R$ 0,46 (considerando todos os impostos).
Nos lares cadastrados como baixa renda, mais de 1,6 milhão de um total de 2,9 milhões de consumidores da Celpe, a tarifa varia de acordo com a faixa de consumo (veja quadro). Quem consumia 140 kWh, em vez de pagar R$ 32,72, receberá uma fatura de R$ 28,20.
Fabiano Cavalho, superintendente de regulação da Celpe, diz que a nova tarifa vale para o que for consumido proporcionalmente depois de amanhã. "Se a leitura ocorrer no dia 30 de maio, então tudo será faturado pela tarifa reduzida. Se for no dia 15, apenas metade será tarifada com o novo valor", explica ele.
No ano passado, a Aneel chegou a aprovar uma redução de 4,42% na tarifa residencial. Isso seria possível se o pagamento da última parcela referente à primeira revisão tarifária em 2005, no valor aproximado de R$ 200 milhões, fosse adiado para 2010.
A Celpe não aceitou e, após uma batalha judicial entre a companhia e o governo do estado, a luz acabou subindo 3,64%. Aliás, este embate para redução na tarifa de energia é uma das bandeiras do governador Eduardo Campos desde 2005, quando o governo chegou a interceder junto à Aneel para a redução de índices. Chegou a diminuir o ICMS da conta de luz para a baixa renda para aliviar o impacto da conta de energia na economia do estado.
Para quem não se lembra, na primeira revisão, foi aprovada uma alta de 36%, por causa do contrato com a Termopernambuco. Para não ficar oneroso, foi acordado que o aumento ficaria em 24,43% e o restante seria cobrado nos três anos seguintes. Isso deu origem ao resíduo, que foi cobrado no ano passado em doze parcelas. A última serápaga neste mês.
Fonte - Pernambuco.com
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