quinta-feira, 1 de abril de 2010
JESUS RESSUSCITOU. E NÓS COM ELE - PAIVA NETTO
Minhas irmãs e meus amigos, minhas amigas e meus irmãos, a Semana Santa nos convida a refletir sobre o significado da ressurreição. Contém notável simbolismo, ainda que você literalmente nela não creia. Não há como negar-lhe o recado de renovação da esperança, mesmo nas piores contingências humanas e sociais. Jesus, o Cristo Ecumênico, ressuscitou. E nós com Ele, todas as vezes que integrados estamos no Seu pensamento de Amor, Justiça e Solidariedade.
Foi sepultado, contudo reapareceu à visão de todos, três dias depois. Cada um deles correspondendo a uma figura da Trindade Sagrada, dispostas na ordem inversa: o Espírito Santo, o Cristo e a explosão de luzes quando Ele ressurgiu em Deus, que é o Senhor da Vida, o Criador de todas as criaturas, o Supremo Arquiteto do Universo.
Ora, qualquer inspiração para uma existência feliz deveria ser, sem restrições sectárias, buscada no texto bíblico em sua parte divina: “O testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse, 19:10). Os profetas são, pelos milênios, guardiães desse testamento, da mensagem de paz, equilíbrio e confiança que Deus envia aos seres terrestres.
Se, vates que são, corajosos não fossem, se não enfrentassem com audácia os tropeços, como hoje herdaríamos o testemunho do Cristo? E esse não principia, conforme pensam alguns, no Evangelho segundo Mateus. Vem desde a Gênese mosaica, porque tudo foi uma preparação, consonante preconizava Alziro Zarur (1914-1979), para a Primeira Vinda do Provedor Celeste e o Seu retorno triunfal.
Jamais temer os desafios
Quando da crucificação do Mestre, clamavam entristecidos, e mesmo assustados, os Seus seguidores: “Jesus morreu!”. No entanto, Ele ressuscitou. Por isso, jamais temamos coisa alguma, incluída a morte (sem que nunca a provoquemos), que é um fatalismo em toda existência material. Todavia, não nos esqueçamos de que a Vida é eterna. Não acabamos no túmulo ou servindo de pasto às aves de rapina. O corpo é somente a vestimenta da Alma. Daí a responsabilidade de cuidarmos bem dele.
Amparo espiritual
Que sentimento profundo nos toma à simples rememoração da trajetória magnífica do Cristo de Deus, que baixou até nós para que tenhamos espírito e vida, de forma que a promessa que lemos no Profeta Joel, 2:28 e 29, seja sempre realizada: “E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias!”.
E Jesus, na Boa Nova segundo Marcos, 13:11, confirma: “Quando, pois, vos levarem e entregarem perante os tribunais, não vos preocupeis com o que havereis de dizer, mas aquilo que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois os que falais, porque o Espírito Santo falará por vós”.
Em Seu Evangelho segundo João, 11:25 e 26, o Cristo revela: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Credes, porém, nisto que vos digo?”.
Nós e tanta gente pelo mundo com lealdade proferimos: Sim, Jesus, cremos! cremos! cremos! E toda a nossa fortaleza está nessa inquebrantável convicção, porque Contigo aprendemos, nas anotações do Discípulo Amado, que Tu és a árvore, nós apenas os ramos. Portanto, nada poderemos realizar sem aquele poder que do Pai Celestial desce sobre o Filho. E esse Filho, sabemos que és Tu, Aquele que manda a nós os Anjos Benfeitores, consoante revela Paulo Apóstolo na Epístola aos Hebreus, 1:14: “em favor daqueles que hão de herdar a salvação”.
Esses Anjos são os nossos amigos espirituais, Almas benditas, protetores, Espíritos de Deus, aqueles que também formam a gloriosa falange de Francisco de Assis, Patrono da LBV, que completou, em 1o de janeiro de 2010, 60 anos de profícua existência.
Vida nova
Eis, pois, que todo dia é recomeço para os que não desprezam o tempo e permanecem na Fé Realizante que inspira e promove as Boas Obras, destacadas por Jesus como incentivo para a vida, porquanto Ele próprio assevera: “Na vossa perseverança salvareis as vossas almas” (Evangelho segundo Lucas, 21:19).
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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