quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ONU - MORTES POR AIDS REDUZEM ATÉ 18%


GENEBRA - As mortes decorrentes da Aids caíram 10% nos últimos cinco anos (para dois milhões em 2008) e 18% desde 1996, quando os antirretrovirais se tornaram acessíveis. Os dados são relatório anual sobre a epidemia do Programa das Nações Unidas para HIV e AIDS (Unaids) e foram divulgados ontem em Genebra e Pequim.

“O fato de termos conseguido aumentar os programas de tratamento em dez vezes levou a uma redução de 18% da mortandade. Foram salvas 2,9 milhões de vidas’’, disse o diretor-executivo da entidade, Michel Sidibé. Em Botsuana, a mortandade caiu pela metade. O Unaids, braço da ONU para o tema, afirma ainda que as novas infecções recuaram 17% desde que o relatório passou a ser compilado, em 2001.

Mas o total de novos casos projetados em 2008 é de 2,7 milhões (430 mil têm até 15 anos). É o mesmo que em 2007, quando estimara a queda em 10%. A diferença ocorre porque, com dados nacionais mais precisos, o número de infecções recentes em 2001 foi revisado de três milhões para 3,2 milhões.

“O aumento dos investimentos internacionais e nacionais rendeu resultados concretos e mensuráveis’’, afirmou em Pequim a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan. “Não podemos deixar o momento se dissipar. É a hora de redobrar esforços”.

Apesar da queda, a América Latina apresentou alta de 13% no número de novos casos. Na região, a maioria dos casos é de homens que fazem sexo com homens - eles têm uma chance em três de se infectarem. Mesmo assim, a ONU elogiou o Brasil como exemplo nas políticas de prevenção. “A América Latina oferece exemplos fortes de liderança na prevenção ao vírus HIV. Em particular o Brasil, que vem sendo apontado por ter implementado cedo medidas de prevenção ao vírus HIV que ajudaram a atenuar a gravidade da epidemia”, disse o relatório.

Segundo o relatório, 33,4 milhões vivem com o HIV, um recorde - que, ante a queda nas infecções, ilustra a longevidade dos soropositivos. Destas, metade é mulher e 2,1 milhões têm até 15 anos. Quase dois terços estão na África subsaariana. Na região, a prevalência entre adultos chega a 5,2% (no Caribe, a segunda maior taxa, o índice é de 1%; a média global é 0,8%). Mais de 14 milhões de crianças são órfãs da epidemia.

FONTE-FOLHAPE

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