quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CONCURSO DA PM - PROMOTOR RECEBE HOJE REPRESENTAÇÕES SOBRE O CASO


O Ministério Público começou a receber ontem dos candidatos pedidos de apuração das possíveis fraudes ocorridas no último domingo durante a realização do maior concurso público da Polícia Militar do estado. Esse foi o primeiro passo legal dos concorrentes para que o MPPE possa ter base para recomendar a anulação das provas, que chegou a ter 50 candidatos disputando uma vaga. Hoje, o promotor do Patrimônio Público do Minsitério Público, Eduardo Cajueiro, ficará responsável pela apuração do caso e deve receber todas as representações para dar prosseguimento ao processo.

Também nesta quarta-feira os candidatos prometem realizar um novo protesto. Ontem, a manifestação em frente a UPE causou grande engarrafamento na Agamenon Magalhães, que chegou até as imediação do Viaduto Joana Bezerra. O protesto durou cerca de seis horas. Os manifestantes também entraram com recurso junto à comissão da prova pedindo a anulação de algumas questões.

Ao todo, 103 mil pessoas se inscreveram. Ontem, a Comissão de Concurso da Universidade de Pernambuco (Conupe), responsável pela seleção, divulgou que 152 pessoas foram eliminadas durante as provas. No entanto, de acordo com o coordenador da comissão, Gledstone Emerenciano, nem todos os eliminados necessariamente estavam tentando fraudar o concurso. Dois desses foram pegos tentando filar por meio de apostilas. Outros dois tentaram entrar com documentos falsos. O restante, ou seja, 148 foram desclassificados por conta do aparelho celular. Alguns, pegos tentando repassar os gabaritos pelo telefone. Ontem candidatos fizeram um grande protesto em frente à Reitoria da UPE.

Já a Secretaria de Defesa Social (SDS) ainda não sabe quantificar o total de pessoas presas envolvidas com o esquema. Na última segunda-feira, a SDS apenas informou que as prisões aconteceram nas delegacias de Garanhuns, Petrolina, Recife, Olinda, São Lourenço da Mata e Serra Talhada. Para a SDS, até o momento, não há necessidade de anulação das provas. Para o coordenador da Conupe, Gledstone Emerenciano, o número grandioso de pessoas eliminadas durante as provas não significa que todos tenham encolvimento com possíveis fraudes.

"Certamente nem todos esses estavam com a intenção de fraudar. Mas como não era permitido que o candidato estivesse com o telefone dentro da sala de aula, não podíamos fazer concessões", explicou. Ele também esclareceu que os dois que foram pegos com a apostila certamente não faziam parte do grupo esquematizado, como os que estavam com o aparelho de celular, por exemplo. Já com relação à possibilidade de anulação, o coordenador voltou a descartá-la. "A nossa posição é a mesma. Não há necessidade de anular o concurso", ressaltou.

Fonte-Diário de Pernambuco

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