terça-feira, 14 de abril de 2009
MEDIDAS ANTECRISE - ELETRODOMÉSTICOS TERÁ IPI MENOR
O governo deve anunciar novas medidas de combate à crise financeira. Entre elas, está em estudo uma nova prorrogação da redução das alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a indústria automobilística, além da inclusão de novos produtos, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. São produtos que formam o que o comércio chama de “linha branca.”
A ideia é expandir a venda de eletrodomésticos para além do programa original, que era substituir geladeiras antigas para economizar energia. Uma possibilidade já aventada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é beneficiar as famílias atendidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida com o fornecimento de refrigeradores novos, a custos baixos. Agora, a tônica é ampliar os estímulos à indústria, a exemplo do que foi feito com os automóveis.
Na reunião da coordenação política, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dados positivos sobre a recuperação da economia brasileira diante da crise financeira internacional.
Segundo relato dos ministros que participaram do encontro, a avaliação é de que o governo adotou as medidas certas para enfrentar a crise, mas que ainda novas ações devem ser adotadas.
A conclusão a que se chega é que todos têm a consciência de que o governo tomou as medidas necessárias na hora correta. “Todas as medidas já foram tomadas? Não, algumas ainda precisarão ser tomadas”, disse Mantega.
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que o governo está consciente de que não pode tratar com desdém a crise. Ele afirmou que a expectativa do governo é de que o País deixe a crise antes de todo mundo.
“Devemos continuar com as mesmas preocupações, sem tratar a crise com desdém, sem desrespeito. Evidentemente somos otimistas, o quadro do Brasil é super favorável, dentro do quadro que o mundo vive e temos certeza de que se nós entramos na crise depois de todo o mundo, vamos sair antes de todo mundo.”
A cúpula do governo ficou entusiasmada com uma pesquisa que o ministro da Fazenda apresentou mostrando que investidores de todo mundo apontam o Brasil como o segundo melhor mercado para aplicação de recursos.
“A economia brasileira perde apenas para a China. Isso significa que o mundo olha pra nós como terra de bons investimentos e vão nos ajudar a gerar os empregos que precisamos”, afirmou Mantega. Durante a reunião, ficou acertado ainda um encontro do governo com um grupo de empresários para tratar da política social.
A ideia é mostrar como ocorreu o fortalecimento do mercado interno. “Vamos reunir o empresariado brasileiro para dizer onde está este fortalecimento, como isso aconteceu, como isso foi gerado, como houve uma movimentação das classes sociais mais baixas para as superiores”, disse o ministro da Fazenda.
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