Múltiplas candidaturas, base governista dividida, oposição fragmentada... O cenário da eleição para prefeito do Recife - rico em complexidade - é bem diferente do que é observado em outros 72 municípios pernambucanos, onde a lógica da disputa é simples e objetiva com apenas dois partidos pleiteando a preferência do eleitorado. As legendas que dão sustentação ao governador Eduardo Campos (PSB) e ao presidente Lula (PT) se enfrentam em 38 dessas cidades. O cenário base X oposição se repete nos demais 34 municípios. Entre aos aliados, o embate mais forte se dá entre o PSB, do governador, e o PTB, do deputado federal Armando Monteiro Neto, que concorrem por 11 prefeituras: Brejão, Cabrobó, Camutanga, Casinhas, Cedro, Feira Nova, Glória do Goitá, Itacuruba, Sairé, Saloá e Tamandaré.
Arthur Cunha
Já no cenário Base X Oposição, novamente o PSB - refletindo a forte inserção que Eduardo Campos tem no interior - polariza a disputa com o DEM, que, historicamente, sempre teve muitos votos nos recantos mais distantes do Recife. Remontando o segundo turno do pleito estadual de 2006, o confronto se dá em seis municípios: Belém do São Francisco, Canhotinho, Condado, Custódia, Itapetim e Taquaritinga do Norte. No Recife, o ex-governador Mendonça Filho concorre pelos democratas, enquanto os socialistas são representados pelo seu presidente estadual, Milton Coelho, candidato a vice na chapa encabeçada por João da Costa (PT). No terceiro cenário mais repetido entre os municípios com apenas dois postulantes, o PSB volta a aparecer, dessa vez “brigando” com o PSDB, do senador e presidente nacional dos tucanos, Sérgio Guerra. A polarização é registrada em Riacho das Almas, Ferreiros e Floresta. Outras disputas entre partidos “grandes” se repetem - coincidentemente - duas vezes. PSB X PMDB (Cortês e Jataúba); PSB X PT (Ipubi e Paranatama); PT X DEM (Angelim e Jaqueira); PT X PSDB (Águas Belas e Orobó). PT e PMDB só se enfrentam em Granito. É zero o número de embates entre PT e PTB; PSDB e PMDB; PSDB e DEM; PMDB e DEM, no caso das cidades com apenas duas postulâncias.
Brasil possui 136 candidatos únicos
Maria Lina
Agência Nordeste
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou um balanço sobre o número de candidatos que vão disputar as eleições de outubro. Segundo o levantamento, há 15.365 concorrentes ao cargo de prefeito, dos quais 136 são candidatos únicos e, para serem eleitos, precisam receber apenas um voto. Segundo levantamento feito pela CNM com dados do TSE, o partido com maior número de candidatos a prefeito é o PMDB, com 2.691 candidatos, que correspondem a 18% do total. Em seguida, o PSDB apresentou 1.808 candidatos, com 12%. O PT saiu com 11% do total. Os partidos que tiveram em torno de 1% de candidatos são PSDC, PRTB, PT do B, PRP, PTC, PHS,PSL, PTM, PMN e PC do B. Os partidos que não atingiram 1% do total foram os partidos PCB, PSTB e PCO. O estudo também mostra que o Rio Grande do Sul é o estado que tem o maior número de candidatos únicos, ou seja, virtualmente eleitos, com 30. Em seguida, Tocantins, com 21 candidatos. O total de municípios onde haverá duelos é 2.736. Minas Gerais tem 469 municípios onde haverá disputa apenas entre dois candidatos. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, avalia que a polarização das candidaturas é motivada especialmente por um acordo político.
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