O Plano Safra Mais Alimentos vai destinar cerca de R$ 225 milhões para Pernambuco até junho do ano que vem, mas esse número pode aumentar de acordo com o diretor de Financiamento e Proteção da Produção Rural da Secretaria de Agricultura Familiar João Luiz Guadagnin. Para o Brasil, estão previstos R$ 13 bilhões no financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), na safra 2008/2009, que começou em 1° de julho e termina em 30 de junho do próximo ano. Desse total, R$ 5,7 bilhões são para investimentos (ações com conseqüências a longo prazo como a compra de animal) e R$ 7,3 bilhões são para custeio (ações de curto prazo como gastos com o plantio). Na safra 2006/2007, foram oferecidos R$ 12 bilhões, dos quais R$ 9 bilhões foram aplicados. O Plano Safra Mais Alimentos é uma linha de crédito de longo prazo para modernizar a infra-estrutura produtiva da propriedade familiar. O limite de crédito é de até R$ 100 mil por agricultor familiar, com prazo de pagamento de até 10 anos, carência de até três anos e juros de 2% ao ano. Além disso, o plano vai reforçar a disseminação do conhecimento e a comercialização dos produtos, que vai ser promovido através da ampliação do crédito. Em relação à safra 2007/08, os recursos para a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) foram elevados de R$ 168 milhões para R$ 397 milhões. As normas para obtenção de crédito rural do Pronaf foram simplificadas desde 1° de julho deste ano. Antes, os Bancos do Brasil e o Banco do Nordeste cediam crédito aos agricultores e cobravam juros de acordo com grupos: A, B, C, D e E. Agora, a cobrança vai ser de acordo com o valor do financiamento pego pelos agricultores. As taxas de juros diminuíram. Para os financiamentos de custeio, as taxas ficarão entre 1,5% e 5,5% ao ano. Na última safra, as taxas variavam entre 3% e 5,5%. As operações de investimento passam a ter juros entre 1% e 5% anuais, antes oscilaram entre 2% e 5,5%. Segundo o diretor de extensão rural do IPA, Rui Carlos Rego Barros, o órgão do governo promove a assistência técnica e acompanha o trabalho dos agricultores depois que eles conseguem o crédito com os bancos. “O IPA atende cerca de 70 mil agricultores”, diz. Para o secretário de política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Pernambuco (Fetape), José Barros, as mudanças no Pronaf são muito positivas. “O aumento no valor dos recursos para a assistência técnica era uma luta antiga dos movimentos sociais. Foi um grande avanço e agora nós vamos divulgar isso para os sindicatos dos agricultores nos municípios”, afirmou ele. As mudanças no Pronaf foram tema do Encontro Técnico de Crédito Rural realizado, ontem, na Superintendência do Banco do Brasil.
FONTE JC
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