Servidores de saúde do Estado vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (4). Os profissionais não aceitaram a proposta de reajuste de 5% oferecida pela Secretaria Estadual de Administração, na semana passada. A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social do Estado de Pernambuco (Sindsaúde-PE) está neste momento aguardando uma reunião com o secretário Paulo Câmara. Mas a coordenadora- geral do órgão, Maria Perpétua Rodrigues, afirmou que, idenpendentemente do que for proposto pelo Estado, a paralisação de amanhã está mantida. Nesta quarta-feira (4), a categoria volta a se reunir em assembléia, marcada para as 10h, no Hospital da Restauração, no Recife. Maria Perpétua disse que a decisão dos servidores pode ser modificada, caso o governo apresente uma contraproposta salarial que atenda a expectativa dos profissionais de saúde. Com a greve, cerca de 20 mil servidores, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, assistentes sociais e farmacêuticos, vão suspender o atendimento nas principais emergências do Estado. Apenas as urgências funcionarão com 30% do efetivo. Os trabalhadores recebem, atualmente, salários de R$ 315 (nível técnico), R$ 400 (nível médio) e R$ 900 (nível superior). Eles reivindicam salários de R$ 518, R$ 933 e R$ 1.556, respectivamente. A proposta oferecida pelo governo reajustaria os salários para R$ 330 (abaixo do salário mínimo), R$ 420 e R$ 945. Entre as principais reivindicações está o pagamento retroativo e imediato do adicional noturno para todos os servidores que exercem funções em regime de plantão noturno, gratificação de emergência e setor de risco a todos os servidores da Secretaria de Saúde, que trabalham em setores de emergência, de risco e laboratórios. A Secretaria de Administração avaliou o anúncio de greve como precipitado. Por meio de nota informou que a proposta de reajuste de 5% para todos os profissionais, entre ativos e inativos, aumento de 25% na gratificação de plantão, reajuste de 17% no vale-refeição e nova alteração no formato de concessão do vale-transporte – todas ações propostas pelo governo – representarão um impacto na folha de pagamento de 20%, que juntas somam uma despesa de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos.
FONTE JC
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