A entrega de boletos bancários (faturas de cartão de crédito, de plano de saúde e contas em geral) aparece no topo das prioridades dos carteiros de Pernambuco. A determinação veio da direção da Empresa de Correios e Telégrafo (ECT) no Estado, que estima ter acumulado até 8 milhões de cartas nos 21 dias de greve dos funcionários. O restante das correspondências - encomendas, malotes e telegramas - estão em dia, segundo informou os Correios, graças ao plano de contingência dos que deram continuidade ao trabalho durante a paralisação. Ontem, a empresa reativou os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta, que estavam suspensos desde o início do movimento. Do montante de cartas que ainda falta ser entregue, metade corresponde a informes publicitários de mala-direta, que não receberão tratamento de urgência. “O número de 8 milhões de cartas acumuladas não é tão grande, se você pensar que por dia o Estado recebe aproximadamente 1 milhão. Nossa previsão é de começar o mês de agosto com todo o serviço regularizado”, avalia Fábio Peixoto, assessor de imprensa dos Correios em Pernambuco. Para tanto, os funcionários vão obedecer esquema especial de trabalho. “Cada uma das distribuidoras dos Correios no Estado vai estabelecer as horas extras, de acordo com suas necessidades específicas. A orientação geral é de que os empregados trabalhem duas horas a mais de segunda a sexta-feira, e o expediente nos finais de semana seja avaliado por cada unidade”, informa Peixoto. A compensação, também acordada no fim da greve na tentativa de evitar que os dias parados fossem descontados, deve mudar a rotina dos funcionários, principalmente dos carteiros, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos, Empreiteiras e Similares em Pernambuco (Sintect-PE). “Os carteiros vão andar pouco e distribuir muito. Se em um dia caminhavam em média 30 ruas, agora devem estar percorrendo de três a quatro, por conta do volume de correspondência. O percurso diário de 15 quilômetros deve ser reduzido, até também pelo peso das cartas, o limite é de 10 quilos de correspondência por carteiro”, explica Halisson Tenório, secretário-geral do sindicato. Até ontem, em todo o País, faltavam ser entregues cerca de 260 mil encomendas (2,4% do total que trafegou na greve) e 130 milhões de correspondências (28% do total que trafegou durante a greve). A carga diária normal é de cerca de 30 milhões de objetos em todo o Brasil. A previsão nacional, com o retorno dos empregados ao trabalho, é de que a carga acumulada seja normalizada em até 10 dias. A greve atingiu, segundo a direção da estatal, 21 Estados e o Distrito Federal. Os grevistas afirmam que 25 unidades da federação paralisaram os serviços.
FONTE JC
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