INCÊNDIO NA CADEIA PÚBLICA DE ARARIPINA - DETENTOS DIZEM QUE NÃO HOUVE REBELIÃO E ACUSAM UM DELES DE TER COMEÇADO O INCÊNDIO QUE QUASE VIROU TRAGÉDIA

Na madrugada desta quarta-feira dia 09/01/08, um incêndio provocado pelo detento Maurício Aleixo de Carvalho o Maíta, dentro da cela - 02 da cadeia pública de Araripina deixou um saldo de 21 presos feridos com queimaduras de 1º, 2º e 3º graus.

Segundo informações policiais e dos próprios presos, eram 23:00 de terça-feira dia 08/01/08, quando aconteceu um apagão, deixando sem energia várias residências no planalto, inclusive na delegacia e cadeia pública. Por volta das 02:00 da madrugada, 

os 21 detentos que estavam na cela – 02,

aproveitaram a escuridão para se divertir e começaram a jogar garrafas pet vazias uns nos outros, ocasião em que uma delas acertou o detento Maíta, que não gostando da brincadeira partiu para agredir alguns companheiros de cela e acabou tocando fogo em uma caixa de papelão para iluminar o xadrez e ver quem estava brincando de jogar garrafas nos outros.

O fogo do papelão passou rapidamente para algumas redes e começou a se alastrar pelos punhos das mesmas. Os presos tentaram apagar o fogo jogando água e tentaram abafar com um colchão, o que foi pior, as espumas rapidamente se incendiaram provocando o aumento das labaredas.

Policiais que estavam na guarda do presídio pensaram ser uma rebelião, mas na realidade os presos estavam pedindo socorro. Um detento que está no regime semi-aberto e fica à noite na cadeia foi quem abriu a cela onde os presos agonizavam, liberando-os para um dos corredores.

Um reforço foi chamado da 2ª C.P.M. e deram os primeiros socorros as vítimas. Um total de 21 presos deram entrada na madrugada no Hospital e Maternidade Santa Maria, provocando um verdadeiro tumulto nos corredores daquela unidade hospitalar. Várias equipes de policiais vieram para Araripina para reforçar a segurança no hospital.

Equipes do GATE, CIOSAC, SUSIPE, POLÍCIA MILITAR, POLÍCIL CIVIL E INSTITUTO DE CRIMINALISTICA, IC, controlaram toda a área que compreende o quarteirão do hospital. Várias ambulâncias de outras cidades e estados colaboraram com a remoção das vítimas até a capital do estado. Os que tiveram queimaduras leves foram medicados e retornaram à cadeia, são eles Erivan Pinheiro da costa, Elcimar Barbosa de lima, Antonio Daniel Gualberto da silva, Antonio Róbson de Souza, Maurício Aleixo de Carvalho, Leandro Lopes Silva, José Jorge Neris dos Santos, Ednaldo Pereira de Souza e Cícero José do Nascimento. Os transferidos foram: 

Ednílson Firmino da Silva,

Dário Marinho Cavalcante, Agnaldo da Silva Lima, Valdeci de Jesus Sá, Antonio Alves de Souza, Francisco Jânio da Silva, Alexandre Gomes de Oliveira, Cícero Rômulo de Oliveira, Leonildo dos Santos, Francisco de Assis Pimentel, Francisco Silva e Luiz Cordeiro Alves. Os que saíram em estado grave foram:

Ednílson Firmino da Silva, Valdeci de Jesus Sá, Francisco Jânio da Silva e Alexandre Gomes de Oliveira. Um inquérito agora será instaurado para apurar o incêndio. O caso foi registrado na DEPOL.