O gato mourisco (herpailurus yagouaroundi) é um felino que vive nas matas da Caatinga e do Cerrado, mas ainda faz parte de outros Países para o Norte, chegando até ao Sul da América do Norte, e indo para o Sul da América, chegando até a Argentina.
Alimenta-se principalmente de aves e de pequenos mamíferos como ratos, cutias, tapitis, mas chega às vezes a matar um veadinho. Alguns zoólogos afirmam que ataca animais maiores, mordendo-lhes a garganta, como faz o lince, e não os deixa senão quando tem certeza de que os matou. Mas é, sobretudo nos galinheiros que escolhe suas vítimas, pois aprecia os galináceos, sejam eles domésticos ou silvestres. Isto explica sua presença frequente perto dos lugares habitados.
O período de gestação dura de nove a dez semanas e duas ou três crias, vem ao mundo, geralmente no recesso da floresta, numa cova forrada de folhagens ou no oco de uma árvore. Uma vez desmamados, a mãe alimenta os filhotes com aves e roedores até que eles sejam capazes de acompanhá-la à caça. Mas, em caso de perigo, ela os abandona. Esse felino nunca ataca o homem. Em geral, quando perseguido, tenta fugir escondendo-se no meio da vegetação. Mas, se seus adversários se aproximam demasiado, busca refúgio nas árvores ou joga-se na água, salvando-se a nado.
A população efetiva da espécie é de apenas 5.200 indivíduos, e certamente inferior a 10.000 indivíduos. Adicionalmente, estima-se que nos próximos 15 anos (três gerações) poderá ocorrer um declínio de pelo menos 10% desta população em razão principalmente da perda e fragmentação de habitat pela expansão agrícola. Portanto, a espécie foi categorizada como Vulnerável (VU) C1. Há conectividade com as populações dos países vizinhos, porém não existem informações sobre a dinâmica.
Após o resgate os animais ficaram sob os cuidados da Patrulha Ambiental, que os encaminhou ao veterinário onde foram realizados os primeiros exames, onde após constatação da saúde foi realizado um contato prévio ao Biólogo Yure Valença do CETAS Tangara, que orientou os patrulheiros quanto a cuidados e alimentação. Dias após o resgate fomos informados que viria uma equipe do CEMAFAUNA da cidade de Petrolina - PE, buscar os gatos mouriscos para cuidados mais adequados até a chegada da equipe do Recife.
O resgate desses animais só se fez possível com a colaboração do empresário Sérgio Lucena da DuBom Alimentos que cedeu um veículo e da Diretoria da ONG Chapada que contribuiu com recursos para abastecimento.
Aqui fica os agradecimento da Patrulha Ambiental aos nossos parceiros.
Fotos: Patrulha Ambiental
Foto: André Pessoa