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quarta-feira, 11 de abril de 2018

MARCOLÂNDIA E CALDEIRÃO GRANDE - AVES DE ARRIBAÇÃO SÃO ABATIDAS NO SERTÃO DO PIAUÍ E REGIÃO CIRCUNVIZINHA

A ave da espécie (Zenaida auriculata), popularmente conhecida como “avoante”, está com a sua reprodução ameaçada na região entre os municípios de Marcolândia e Caldeirão Grande do Piauí (APA Araripe) distante 525 Km de Teresina. Isso porque a ave, uma espécie de pomba campestre que no período reprodutivo tem no sertão nordestino sua rota de migração, porém, ao se estabelecerem nessa área as aves estão sendo abatidas por caçadores no intuito, muitas vezes, de vendê-las. 
Os locais onde as aves costumam escolher para sua curta estadia, são considerados um santuário de reprodução coletiva e estão localizados em propriedades rurais nos municípios citados que e se estendendo por um grande raio, onde procuram alimento, água e locais para dormir, sendo, na maioria das vezes abatidas pelos caçadores. 
Os moradores da região comentaram que a caça predatória da ave, realizada com pedaços de madeira, estilingues e espingardas, acontece principalmente durante a noite (como já foi citado), quando os pássaros ficam com pouca visibilidade, favorecendo a aproximação dos caçadores. 
A caça predatória das avoantes é considerada crime ambiental de acordo com o Art. 29 da Lei nº 9.605/1998 e decreto 6.514/2008 que trata das sansões administrativas. Na lei, citada; "matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. A pena pela infração é detenção de 01 a 03 anos, e multa”. 
Lembrando que essa multa consiste no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais por ave) e outras sansões administrativas. 
A equipe da Patrulha Ambiental alerta aos caçadores, que nessas áreas, devido a concentração de aves (filhotes, ovos, aves feridas e muitas mortas) alguns predadores naturais como cobras, gaviões e insetos peçonhentos, podem acometer esses caçadores e como essas áreas são de difícil acesso, podendo os mesmos virem a óbito pela dificuldade de locomoção. 
Equipes do IBAMA e ICMBio encontram-se em diligências nos locais onde as aves estão, a fim de combater a prática da caça predatória. 


Fonte: http://g1.globo.com
Fotos: Patrulha Ambiental
Imagens: Google

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