ARARIPINA

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

NATUREZA - BOMBAS DE SEMENTES SÃO USADAS EM REFLORESTAMENTO DA CHAPADA DO ARARIPE

Aproximadamente 10 mil bombas de sementes feitas por estudantes foram lançadas de um helicóptero. 
Junte um pouco de barro e esterco com água, faça uma bolinha de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro. Abra-a, coloque sementes dentro, refaça a bolinha e coloque-a para secar ao sol. Essa é a receita das “bombas do bem” que estão sendo utilizadas na cidade do Crato, região do Cariri, no sul do Ceará, para reflorestar áreas da Chapada do Araripe que foram destruídas por incêndio no ano passado.
A tecnologia social, de origem japonesa e utilizada na permacultura, está sendo disseminada pela Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato (Saaec) em escolas e comunidades da cidade, com o objetivo de “formar formadores”, expressão usada pela consultora do Núcleo de Educação Hidroambiental do órgão, Ana Cristina Diogo, responsável pela parte educacional do projeto.

No dia 22 de março, Dia Mundial da Água, 10 mil bombas de sementes feitas por estudantes foram lançadas, de um helicóptero, na encosta da Chapada do Araripe, próximo à nascente da Caiana.

O local, segundo Ana Cristina, é considerado o habitat do Soldadinho-do-Araripe, ave que está em risco crítico de extinção. “Essa área tem uma importância muito grande. Se não tivermos pressa, vamos perder o Soldadinho-do-Araripe em 15 anos”, alerta.

Na receita da bomba de sementes, segundo a consultora, entram essências florestais nativas. No dia 24, houve novo lançamento de bombas – desta vez durante uma trilha de 2,5 quilômetros com estudantes na área da nascente da Preguiça. De acordo com Ana Cristina, a nascente deságua em outra nascente, a da Batateira, que é fonte da água que abastece a cidade do Crato e cuja vazão está diminuindo.

“A gente planta uma árvore para colher água, porque é a árvore que garante a permanência da água subterrânea”, explicou. Além das sementes, também foram plantadas mudas de árvores oriundas da mata úmida, como o jatobá.

Fonte: Agência Brasil/ Blog Patrulha Ambiental

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