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segunda-feira, 11 de julho de 2016

PETROLINA - SETE MESES APÓS MORTE DE BEATRIZ, CRIME AINDA NÃO FOI SOLUCIONADO

Integrantes do grupo Beatriz Clama por Justiça', estiveram na manhã deste domingo (10), no complexo gastronômico do Bodódromo, no bairro Areia Branca, Zona Leste de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, para colher assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue ao governador do Estado, Paulo Câmara.

O objetivo é garantir apoio do governo para cobrar celeridade nas investigações do Caso Beatriz. A criança foi morta com cerca de 42 facadas dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano.

O corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada depois de um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. Neste domingo (10), o crime completa sete meses e até o momento nenhum suspeito foi preso.

Segundo Daniele Reis, que faz parte do grupo, cerca de quatro mil assinaturas já foram colhidas. “Todo esse material será encaminhado e apresentado, junto com um grupo e com os pais de Beatriz, ao Governo do Estado. Estamos cobrando mais emprenho da Polícia Civil e do Ministério Público no caso. É também para enfatizar que o grupo e a sociedade não vão deixar o crime cair no esquecimento. Pelo fato de ter sete meses, a população fica um pouco desacreditada”, disse. O trabalho será feito até a confirmação da data do encontro com o governador.

A auxiliar de serviços gerais Maiza Souza fez questão de participar da ação e destacou a importância do movimento. “É bom porque pode ter mais agilidade no caso, porque é um descaso com a família. Todo mundo quer saber quem foi. Então, para isso, tem que ter apoio de pessoas que possam entrar de forma mais forte. Todo mundo tem que assinar porque quanto mais rápido resolver essa questão, melhor”, enfatizou.

Em abril, Marceone Ferreira disse, em uma entrevista, que, pelo menos, cinco pessoas que eram funcionários do colégio podem ter participado do crime. Segundo o delegado, essas pessoas mentiram ou entraram em contradições durante os depoimentos. Mas, ele alegou que até o momento não tinha provas suficientes para pedir a prisão de possíveis envolvidos na morte.

Ainda de acordo com a polícia, 10 dias antes do crime, três chaves do colégio sumiram. Elas teriam passado por dois assistentes diciplinares e um segurança. Ao final do dia, o fato foi registrado em um livro de ocorrência da escola. Para a polícia, as chaves podem ter sido utilizadas como rota de entrada e figa dos suspeitos.

Investigações

Durante uma entrevista coletiva, realizada em junho o delegado Marceone Ferreira voltou a dizer que o Caso Beatriz é prioridade no estado de Pernambuco. “A investigação continua firme e o caso não vai cair no esquecimento até que seja elucidado. Estamos recebendo todo o suporte necessário da Secretaria de Defesa Social, desde a parte de pessoal, até material”, falou. Mais de 100 pessoas foram ouvidas e o inquérito já acumula mais de oito volumes.

Do G1Petrolina

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