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segunda-feira, 25 de abril de 2016

EQUIPE - EX-PRESIDENTE DO BC IMPÕE CONDIÇÕES PARA ASSUMIR A FAZENDA EM POSSÍVEL GOVERNO TEMER

Em reunião com Michel Temer, o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles teria dito sim à proposta para assumir o Ministério da Fazenda, caso ocorra o impeachment de Dilma Rousseff. O encontro aconteceu sábado (23), em Brasília, e faz parte de uma série de reuniões que o atual vice-presidente da República realiza para montar a equipe de um eventual governo próprio.

Contudo, de acordo com a Folha de S. Paulo, a condição imposta por Meirelles foi a de dar a palavra final sobre todos os nomes da área econômica do eventual governo Temer, como no Ministério do Planejamento e as presidências do Banco Central, Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal.

O vice-presidente da República afirmou que, já que não pode formalizar o convite antes da votação final sobre a abertura do processo de impeachment, os dois voltariam a conversar em maio, depois da decisão. A intenção de Henrique Meirelles seria blindar a pasta de Economia, para que ninguém atuasse em desacordo com a linha que ele viesse a adotar nem "conspirasse" contra ele em caso de possíveis complicações.

Após o encontro desse sábado, Meirelles disse estar disposto a aconselhar Temer, caso o vice assuma a Presidência, mas afirmou em entrevista não ter sido convidado para assumir a Fazenda.

Para acalmar o empresariado, Michel Temer precisa de um nome de peso na Fazenda, já que a classe começa a desconfiar da capacidade do peemedebista de montar uma equipe capaz de tirar o país da crise. A situação se agravou depois que Armínio Fraga, também ex-presidente do BC, afirmar que não faria parte do eventual governo Temer.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Henrique Meirelles disse que não trabalha com "hipóteses", sobre a aceitação do cargo. "Eu não respondo, não trabalho e não penso sobre hipóteses. Eu trabalho com realidade, coisas concretas. E, no momento, o que existem são hipóteses. Estou disposto a aconselhar, dar minha contribuição", afirmou Meirelles.

Do NE10/ Folha de São Paulo

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