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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

2º TURNO - NEM MESMO DESGASTE DO PT LEVA AÉCIO E PSDB À VITÓRIA

Nem mesmo o arco de alianças construído pelo tucano Aécio Neves (PSDB) no segundo turno foi capaz de conter a derrota contra a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Depois de ter saído com novo impulso do primeiro turno, quando todas as pesquisas indicavam Marina Silva na disputa com a petista, o tucano recebeu apoio de três presidenciáveis: Eduardo Jorge (PV), Pastor Everaldo (PSC) e a própria Marina (PSB). Porém, na abertura das urnas, Aécio ficou com 48,55% dos votos e Dilma ganhou com 51,45%.

Em Pernambuco, o empenho dos políticos do PSB e da família do ex-governador Eduardo Campos na campanha de Aécio também não conseguiu frear o crescimento e a força da militância pró-Dilma.

Principal fiadora da campanha socialista no Estado, Renata Campos, viúva do ex-governador, escreveu uma carta declarando apoio ao tucano e gravou um guia mostrando que o candidato era o caminho para “mudar o Brasil”. Para adentrar no eleitorado nordestino, o tucano veio para o reduto socialista e participou de uma caminhada em Sirinhaém, cidade do interior pernambucano que deu mais votos para Marina Silva no primeiro turno.

Do ponto de vista estratégico, os mais críticos argumentam que Aécio cometeu falhas em diversas etapas da campanha e só chegou ao segundo turno por causa do endurecimento do PT contra a candidata Marina Silva.

Na largada, errou na comunicação e no marketing. Em seguida, falhou em responder rapidamente às denúncias sobre a construção de um aeroporto em terras que pertenceram à sua família, em Minas Gerais. De quebra, custou a acertar a estratégia diante da subida de Marina nas pesquisas.

Na avaliação do tucanato, Aécio se beneficiou dos ataques de Dilma a Marina, porque sem os fortes ataques da campanha petista a queda da candidata do PSB não seria tão acentuada.

A ofensiva do PT em cima da vida pessoal do candidato também surtiu efeito nas urnas. Apesar de Aécio manter o tom elevado nos debates contra Dilma, os ataques da presidente bateram forte ante o eleitorado do candidato. No confronto do SBT, um dos mais exaltados dos quatro realizados, a presidente usou as palavras “bêbado” e “drogado” no momento em que lembrou que o rival foi multado na Lei Seca. A postura pegou mal para os dois postulantes, que retomaram as propostas nos debates seguintes, evitando ataques pessoais.

A falta de água em São Paulo foi outro fator apontado pela cúpula da campanha de Aécio como responsável pela recuperação de Dilma Rousseff na reta final da eleição. A crise foi explorada pela propaganda petista e seria o principal motivo da redução da vantagem do tucano no Sudeste. Como os aecistas temiam, o problema no abastecimento drenou os votos de Aécio.

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Do Blog de Jamildo

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