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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ENEM 2013 - PROFESSORES DIZEM QUE PROVA FOI MAIS DIFÍCIL

Passada a maratona de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013, professores das disciplinas cobradas consideraram que o Enem ficou mais “conteudista” em 2013, deixando um pouco de lado seu perfil mais interpretativo e contextualizado. Veja as avaliações:

História

Para o coordenador do curso QG do Enem e professor de História, Márcio Branco, a disciplina neste ano veio com um nível de dificuldade maior do que nos últimos anos por cobrar temas específicos da historiografia como os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II. Branco ressaltou ainda que a prova seguiu a tendência geral de dar maior destaque à historiografia negra e suas heranças no Brasil. No Enem 2013, 25% das questões eram relacionadas a essa temática.

Química

A mesma percepção teve o professor de Química do QG do Enem, Marco Santos. Segundo ele, a prova aumentou o grau de dificuldade ao incluir questões específicas como a medição do pH da água durante o processo de desinfecção. A pergunta do Nanokid, que tanto surpreendeu os candidatos, foi considerada fácil.

Física

Já em Física, as fórmulas foram as grandes protagonistas da prova, segundo o professor Fábio Oliveira, do curso Pensi. Para ele, o Enem exigiu dos alunos que eles soubessem um pouco mais de fórmulas decoradas, em detrimento da tendência de anos anteriores, que era a compreensão de fenômenos e teorias. Fábio dá como exemplo a questão de magnetismo, que exigia do candidato um conhecimento prévio de uma fórmula que nunca tinha caído nos vestibulares: “F=BIL”.

Biologia

De acordo com o professor de Biologia do Curso Pensi, Rafael Cafezeiro, a prova manteve o mesmo nível de dificuldade do ano passado, equilibrando-se entre questões interpretativas e conteudistas. No entanto, ele chama atenção para a presença de tópicos que antes só apareciam nas antigas provas específicas de vestibulares como o da UFRJ e UFF: fisiologia e citologia. Já em relação à questão da circulação sanguínea, que chegou a cair de modo semelhante no vestibular da Fuvest de 2007, Rafael considera que não houve cópias por parte da banca do Enem. Segundo ele, experimentos famosos como este são comuns de serem cobrados em diversos processos seletivos.

Geografia

De acordo com o professor Cláudio Falcão, que dá aulas no Colégio e Curso pH, a prova deste ano teve uma característica conteudista mais acentuada, deixando em segundo plano questões de natureza mais interpretativa e de solução de problemas. Para ele, o Enem resgatou temas tradicionais da geografia como urbanização, questão ambiental e crescimento populacional, mas não deixou de discutir temas relacionados a cidadania, como os direitos dos homossexuais e da mulher, além da reforma agrária.

Matemática

Na opinião de Matheus Secco, professor de Matemática do Curso Pensi, o Enem 2013 foi mais difícil do que o do ano passado por conta da maior profundidade em conteúdos, principalmente em duas questões de Geometria. No entanto, segundo Secco, a banca manteve a preocupação de contextualizar as questões.

Português

Na avaliação do professor de português do Pensi, Bruno Varizo, as questões de Português estavam bem elaboradas, porém mais conteudistas do que nos anos anteriores. Segundo ele, foram cobradas questões gramaticais mais diretas, como elipse de sujeito, que exigiam mais conhecimento e concentração dos candidatos. Outra surpresa foi o não aparecimento de vanguardas na prova. Por outro lado, o exame não deixou de lado o aspecto visual, com charges e propagandas que misturavam diferentes linguagens.

Do Diário de Pernambuco

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