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PMA

domingo, 11 de agosto de 2013

RECIFE - CNI LANÇARÁ PROJETO PARA AUMENTAR A ESCOLARIDADE NA INDÚSTRIA

Mobilizar empresários, governos e sociedade civil para a construção de uma agenda de ações a serem desenvolvidas para elevar a escolaridade e qualificação de jovens e trabalhadores empregados na indústria pernambucana é o objetivo do evento “Educação para o Mundo do Trabalho”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que acontecerá na próxima segunda-feira (12), a partir das 8h30, no hotel Atlante Plaza.

A ideia da CNI, que realizará o evento em todo o país, é organizar Núcleos Regionais compostos por representantes da imprensa, reitores das universidades, Conselhos Estaduais de Educação e secretários estaduais de Educação e do Trabalho. Em Pernambuco, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) indicou o Serviço Nacional da Indústria (SENAI) como organizador deste núcleo.

Nesse primeiro encontro, que será o lançamento do projeto e primeira reunião do grupo, haverá palestra de Francisco Cordão, relator de Diretrizes Curriculares para a Educação Profissional, do Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação e Cultura do Brasil (MEC), mediação e grupos de trabalho. O evento será aberto pelo presidente da FIEPE, Jorge Wicks Côrte Real, e encerrado pelo diretor regional do SENAI, Sérgio Gaudêncio, que foi nomeado embaixador do Projeto na região.

Projeto Educação para o Mundo do Trabalho

A competividade da Indústria passa fundamentalmente pela educação. A indústria brasileira, ao longo do tempo, tem percebido que, para avançar nesse cenário, é necessário promover um decisivo salto na qualidade da educação escolar básica, sobretudo em questões centrais como domínio da língua portuguesa, matemática e ciências.

O País é a sétima maior economia do mundo e o setor industrial responde por

27% do total de salários e emprega um em cada quatro brasileiros com carteira assinada. Representa quase 70% das exportações e 22% do PIB. Não obstante, o Brasil está mal colocado no campo da competitividade global. O Relatório 2012/2013 relativo a esse tema, organizado pelo World Economic Forum1, mostra que, apesar de uma ligeira melhora nos últimos anos, da 64ª para a 48ª posição, o Brasil ainda ocupa patamar pouco favorável em um conjunto de 144 países estudados. Falta muito para chegar ao nível da China, que ocupa a 29ª posição ou do Chile (33ª), por exemplo.

Ao desagregar os componentes da competitividade, o Relatório evidencia que a maior fragilidade do Brasil está na precária qualidade da educação. No que se refere à qualidade do ensino fundamental, entre os países estudados, o Brasil ocupa a 126ª posição. Na qualidade do sistema de ensino médio e superior e de treinamento, a posição é a 116ª. Esse quadro certamente tem reflexos danosos na produtividade.

Diante de todos esses fatos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) viu que é necessário tomar medidas para mudar esse quadro e criou o Projeto Educação para o Mundo do Trabalho, que pretende mobilizar empresários, governos, sociedade civil para elaboração de uma agenda permanente de ações, que apresentem resultados em curto prazo (ciclos de 12 a 24 meses) e contribuam para a qualidade da educação voltada para o mundo do trabalho em prol da competitividade da indústria brasileira.

Em Pernambuco, o Projeto reunirá empresários, representantes de jornais e televisão, especialistas em educação, secretário de Trabalho e Qualificação e duas ONGs. Os participantes formarão o Núcleo Regional do Projeto, que é coordenado pelo SENAI PE e, na ocasião, farão sugestões para elevar a escolaridade e qualificação de jovens e trabalhadores empregados na indústria.

O objetivo é que o Brasil alcance padrões adequados de qualidade educacional, em todas as etapas e modalidades, em prazo compatível com a urgência que requer a indústria nacional, mas com a persistência e comprometimento da sociedade e dos governos. Em média, esse processo pode levar o tempo de uma geração escolar – 20 anos. Assim se deu em países que deram saltos de qualidade na sua educação, adotando políticas públicas consistentes.

Da ASCOM/SENAI 

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