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PMA

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

DESVENDANDO A PREMONIÇÃO - PAIVA NETTO


O dom de prever o futuro é assunto antigo e até hoje intriga o raciocínio humano. Felizmente, a comunidade científica fortalece o debate de evidências e casos que vêm surgindo. Esse é o tema no qual se concentra o respeitado professor emérito de psicologia da Cornell University (EUA) Daryl J. Bem. Sua pesquisa publicada no “Journal of Personality and Social Psychology” — revista conceituada da American Psychological Association —, fruto de estudo desenvolvido por ele ao longo de oito anos, vem provocando ao mesmo tempo elogios e críticas, por parte de seus pares e da sociedade em geral.

Isso me faz lembrar um pensamento de Oscar Wilde (1854-1900): “Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo”. Demonstrando detalhadamente o método empregado, o que permite a reprodução do experimento e a verificação por outros pesquisadores, e, em alguns casos, utilizando como base estudos tradicionais da área, apenas modificando a ordem dos processos, ele aplicou nove experimentos a mais de mil participantes.

Obteve resultados significativos para tentar explicar os chamados fenômenos “psi”, que constituem, na definição do autor, “processos anômalos de informação ou transferência de energia atualmente sem explicação nos termos dos mecanismos físicos e biológicos conhecidos”. Os eventos pesquisados são os de percepção extrassensorial (PES) — clarividência, telepatia e psicocinese —, com destaque para a premonição e a precognição. Em sua análise, o dr. Daryl, também formado em Física, entre outras, se utiliza das concepções teóricas da mecânica quântica para explicar tais fenômenos.

Em face de tantas perspectivas, ainda há muito a compreender desse universo infinito que nos instiga a desvendar seus mistérios. Por isso, é indispensável revestirmo-nos de humildade diante do imenso saber que nos desafia a inteligência. O estudo do dr. Bem, um dos mais proeminentes pesquisadores da psicologia social, nos convida a investigar com isenção o assunto. Embora seja uma realidade, esse tema é descartado por alguns pensadores como objeto, pois foge às bem-intencionadas, porém, restritas teorias correntes, aceitas inadvertidamente como verdades pétreas.

A GRANDE QUESTÃO

Lembro-me de assertiva que proferi por ocasião do I Fórum Internacional de Ufologia, sediado pelo ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF, de 7 a 14 de dezembro de 1997: O mundo discute, há muito tempo, a existência dos chamados UFOs (óvnis). Relativamente a isso, a questão não é acreditar ou deixar de crer neles; mas, sim, saber se esses fenômenos são ou não são verdadeiros. A comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência. O mesmo argumento é válido para os fatos considerados sobrenaturais, por não caberem na lógica convencional, que não é absoluta e, por isso mesmo, precisa ser constantemente revisada. Afirmo e reafirmo: dogmatismo em Ciência é aberração.

CRESCER EM TEMPOS DE REFREGA

Do meu livro “Reflexões da Alma”, extraio este trecho:
Significantes transformações em geral surgem nos momentos de grande agitação. Os tenazes crescem em tempos de refrega. Se o fizerem com o pensamento firmado na Paz, o efeito de seus esforços marcará sua passagem pela Terra com o sinete da Luz. O ilustre médico brasileiro dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) ensinava que “se aspiramos transmitir a Paz, se queremos elevar o coração da criatura, não podemos prescindir, em nossas vidas, de uma profunda e radical mudança na busca do fortalecimento da Fé e do entendimento dela”.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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