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PMA

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

LBV - 35 ANOS DE SOLIDARIEDADE NA CAPITAL PERNAMBUCANA



A Legião da Boa Vontade (LBV) completará, na próxima sexta-feira (5), 35 anos de atuação em Recife/PE, onde possui um Centro Comunitário de Assistência Social. A unidade atende crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos mediante programas sociais.

Durante o evento de celebração do aniversário, a partir das 9 horas, no Centro Comunitário da Entidade, serão empreendidas oficinas especiais com as meninas e os meninos que participam do programa LBV — Criança: Futuro no Presente!. Também haverá homenagem aos colaboradores, amigos e parceiros da LBV pelo importante apoio na construção da sociedade solidária.

A seguir, os programas desenvolvidos pela Instituição na capital pernambucana.

LBV — Criança: Futuro no Presente!

Por meio dele, são atendidos, no contraturno escolar, 200 meninas e meninos de 6 a 12 anos de idade, que realizam atividades lúdico-pedagógicas, musicais e esportivas.

Espaço de Convivência

Participam do programa 70 idosos, que contam com ações que colaboram para a inserção sociocultural e o fortalecimento da cidadania, por meio da construção de vínculos interpessoais, intergeracionais e familiares.

Capacitação e Inclusão Produtiva

Oferece a jovens e adultos em situação de vulnerabilidade cursos de capacitação profissional, além de palestras educativas e atividades direcionadas ao desenvolvimento pessoal. Com isso, a LBV coopera para a inserção sociocultural dos participantes e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida da família deles.

Diferencial das ações da LBV

A base — e o diferencial — de todas as ações sociais e educativas da Legião da Boa Vontade é a aplicação da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que compõem a linha educacional da Instituição. Utilizada diariamente, com sucesso, nas unidades de atendimento da LBV, essa linha possui metodologia própria: o Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva (MAPREI), que propõe o desenvolvimento da inteligência do cérebro sem perder de vista o potencial que existe no coração dos educandos.

Essa inovadora pedagogia se fundamenta na educação integral do Ser Humano, pelo fato de considerá-lo um ser espírito-biopsicossocial, respeitando-se, assim, suas dimensões espiritual, física, psicológica e social. Para que essa educação integral seja alcançada, alia-se o aspecto racional do processo ensino–aprendizagem aos valores éticos, ecumênicos e espirituais, visando o desenvolvimento de indivíduos conscientes de seus direitos e deveres, livres de quaisquer preconceitos e aptos a contribuir para o contínuo progresso do país, na construção da sociedade verdadeiramente solidária.

O Centro Comunitário da Legião da Boa Vontade em Recife está localizado na Rua dos Coelhos, 219, Boa Vista. Informações sobre o trabalho da Instituição podem ser obtidas pelo tel. (81) 3413-8600 ou pelo site www.lbv.org.br. A LBV também está no Twitter (www.twitter.com/lbvbrasil) e no Facebook (www.facebook.com/lbvbrasil).


XENOFOBIA E HUMANIDADE NÃO COMBINAM - PAIVA NETTO


O duplo atentado ocorrido em 22 de julho, na Noruega, que vitimou 77 pessoas, merece da sociedade toda a atenção. Segundo o noticiário, a xenofobia está na motivação dos ataques. É realmente lamentável! Já era para termos aprendido a lição. Excluir criaturas humanas não combina com humanidade.

Em minha página “A miscigenação do mundo é inevitável”, publicada em “Crônicas e Entrevistas” (Editora Elevação, 2000), defendo a tese de que o nosso destino é mesmo a mestiçagem, o multiculturalismo, tornando-se portanto sem propósito qualquer tipo de discriminação. Naquela oportunidade, fim do século 20, assim escrevi:

(...) Vai ficar difícil abrir mão da Humanidade, como parece que alguns radicalmente pretendiam fazer com a nova globalização: mais produtos e menos trabalhadores produzindo e transitando pelo planeta. Marcante exemplo é o da União Europeia, com seus arroubos de xenofobia, menos para turistas… Ela está constatando a contingência de ter de “importar” gente, ainda que, em alguns casos, por curtos períodos, para realizar serviços de que os seus nativos dolicocéfalos não mais querem saber e para suprir as necessidades de uma população que está envelhecendo. Alguns vivem arrepiados com os “perigos” da fusão étnica; contudo, empresários e políticos sentem como fatalidade histórica a presença dos “estrangeiros” mesmo que sejam de gerações nascidas por lá, principalmente os de cor de pele distinta.

Não há como indefinidamente impedir que revoluções sociais e humanas dessa envergadura, em diversas grandezas, se cumpram. Na atualidade, de certa forma vemos repetir-se, em direção inversa, mas talvez de maneira mais dolorosa, o fenômeno da imigração. Antes a onda era emigrar da Europa e da Ásia para a América. Resumindo: italianos, japoneses, alemães, poloneses, russos, judeus, árabes, ibéricos, para a do Norte e a do Sul, somando-se irlandeses e chineses para a Setentrional. E não chegaram por aqui e lá, na imensa maioria, como senhores, porém, como servidores braçais, à exceção de gente como Einstein e Fermi.

Pelo sacrifício e suado labor, subiram ao topo e se estabeleceram. Recordo-me de uma afirmação do filósofo do Positivismo Augusto Comte (1798-1857), cujo pensamento tanta influência exerceu sobre os fundadores da República brasileira, a começar por Benjamin Constant (1836-1891): “O homem se agita, e a Humanidade o conduz”. Alziro Zarur (1914-1979) perguntava então: “E quem conduz a Humanidade?”. E ele próprio exclamava: “Deus!”.

E assim eu terminava aquele artigo de 2000.

Hoje, em 2011, o Brasil volta a atrair o interesse de imigrantes, pois estamos precisando de valores especializados para as novas exigências do desenvolvimento do país, enquanto preparamos, com atraso, nossa própria gente.

CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

Muito providencial, pois, o programa “Ciência sem Fronteiras”, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, no dia 26 de julho. Uma ação que pretende conceder cem mil bolsas de intercâmbio para estudantes e pesquisadores brasileiros em modalidades do nível médio ao pós-doutorado. De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, terão prioridade as áreas de engenharia, ciências exatas, biológicas e da saúde, além da computação e da tecnologia da informação.

A presidenta Dilma comentou que, ao se reconhecer que há falhas e fraquezas na formação de ciências exatas, engenharias e saúde, “damos um passo para o fortalecimento. Essa iniciativa é fundamental para o futuro”.

Nossa nação possui robustez para imenso progresso. E de fato não se pode deixar de dar aos cidadãos, independentemente de sua classe social, o devido acesso à boa educação e ao ensino de qualidade. Sem esquecermos também da imprescindível Espiritualidade Ecumênica, com os mais nobres princípios morais e éticos, base do Ser Humano de bom caráter.

Ao “Ciência sem Fronteiras”, o nosso voto de sucesso.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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