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terça-feira, 24 de agosto de 2010

CONSUMO - OS PRÓS E CONTRAS DE COMPRAR PELA INTERNET


A possibilidade de comprar produtos em apenas um clique está fazendo com que cada vez mais pessoas se tornem adeptas do consumo pela internet. Segundo levantamento feito por entidades ligadas ao assunto, mais de 17 milhões de brasileiros utilizaram a grande rede em 2009 para adquirir produtos. Com o aumento de compras, cresce também a quantidade de pessoas lesadas. Embora a Delegacia de Repressão ao Estelionato não tenha números precisos, sabe-se que muita gente continua sendo prejudicada.

“A quantidade de queixas praticamente não foi alterada de um ano para outro. Mas sabemos de muitos casos de pessoas lesadas por compras na internet”, explica o delegado Rômulo Aires, titular da Delegacia de Estelionato. “O problema é que poucas pessoas prestam queixa. Trata-se de um passo fundamental para que a polícia possa investigar cada caso”, completa. Os casos são acompanhados pela Delegacia de Estelionato ou pela Delegacia do Consumidor.

De acordo com o delegado Antônio Barros, gestor do Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri), pequenos cuidados podem evitar dores de cabeça. “Antes de realizar qualquer tipo de compra, seja de valor alto ou pequeno, o consumidor deve se certificar que o site em questão é seguro. Procurar informações com pessoas que já adquiriram bens dessa forma e identificar se a empresa possui sede física é um bom passo para evitar surpresas”, explica Barros.

A maioria das queixas contra compras na internet diz respeito à demora na entrega do produto, feito fora do prazo estabelecido anteriormente, ou mesmo a não entrega da mercadoria. Quem passou por esse drama foi a bancária Lueni Vieira de Melo, 42 anos. Moradora de Olinda, recorreu ao site da Ponto Frio para comprar uma geladeira. Pagou à vista, através de boleto bancário, R$ 1.614. O prazo dado pelo site para entregar a mercadoria foi de 15 dias.

“Passei quase dois meses esperando uma entrega que nunca acontecia. Ligava para a Ponto Frio e sempre me davam desculpas que não convenciam. Pedi o cancelamento da compra e o dinheiro de volta”, relata Lueni. Para receber o dinheiro investido, mais dor de cabeça. “Pediram mais dez dias para depositar o dinheiro na minha conta. Só fizeram a devolução depois de um mês, após muita conversa.”

Menos sorte que Lueni teve a escriturária Maria das Graças Macedo. Em 2009, entrou em um site que pensava ser das Americanas.com. Digitou todos os dados do cartão de crédito para adquirir um fogão, avaliado em R$ 500. Fez a compra à vista. “Pensei estar fazendo um bom negócio, mas o site era falso. Na hora não percebi, mas depois que procurei a polícia e recebi dicas me dei conta que o site tinha erros grosseiros”, reconhece. Ela não conseguiu reaver o dinheiro de volta. “Serviu como aprendizado.”

O delegado Antônio Barros afirma ser preciso desconfiar de tudo, mas informa que há sites seguros. “Tomando os devidos cuidados, sites podem servir como boa opção para compras”, explica. O tecnólogo da informação Carlos Barbosa é um exemplo de que compras na internet podem ser seguras. Ele navega na rede há sete anos e nunca teve problemas. “Compro tudo por sites. Nunca tive problemas”, encerra.

Fonte - JC OnLine

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