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PMA

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CARREIRA - AVIAÇÃO CIVIL TEM OPORTUNIDADES


Em alguns casos, uma boa colocação no mercado de trabalho independe de cursos superiores. Um bom exemplo disso está nas carreiras de aviação comercial, que não exigem diplomas de seus funcionários de ar que trabalham diretamente com os aviões.

Apesar da pouca exigência de escolaridade, isso não quer dizer que seja fácil se tornar comissária de bordo, a famosa aeromoça, ou mesmo um piloto, que precisa tão somente do primeiro grau completo.

Os cursos de formação são bem exigentes e fiscalizados de perto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para quem está se preparando para essas profissões, o melhor de tudo é que o mercado está crescendo muito, ou seja, há boas perspectivas de empregabilidade.


“O mercado de linhas aéreas tem crescido. Com a expectativa da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 há uma tendência do potencial da área crescer. O que se fala na aviação civil comercial é que se o crescimento atual se mantiver nos próximos anos não será possível transportar tanta gente.

A demanda é maior. Então, acredito mesmo que o setor vai precisar de mais pilotos”, raciocina o jornalista Tardelle Costa, de 23 anos, que mudou de área e está fazendo curso de piloto privado no Aeroclube de Pernambuco.

A instituição, aliás, forma pessoal para aviação civil brasileira há 69 anos. A administradora do Aeroclube, Hilária Pimenta, também defende que o mercado de aviação está num ritmo intenso de crescimento e isso demanda mão de obra.

“Hoje em dia o segmento está cada vez mais amplo. Há muitas empresas, muitas delas focando na aviação regional, um nicho em que as grandes não fazem, como rotas para Petrolina, Mossoró, Campina Grande, Juazeiro”, salienta.

Hilária lembra que nacionalmente também há o surgimento de novas companhias aéreas, a exemplo da Azul e Webjet, além do interesse internacional pela mão de obra brasileira.


“As empresas de fora vêm fazer seleção aqui, pois consideram o trabalhador brasileiro organizado e disciplinado. A Emirates, por exemplo, todo ano faz seleção em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro”, comenta.

O presidente do Centro Educacional de Aviação do Brasil (Ceab), Salmeron Cardoso Jr, ressalta que no mês passado a Emirates fez seleção de pessoal no País. “A Catar Air Lines e a Air France também fazem. Neste caso, o inglês é fundamental, mas nas empresas nacionais não há exigência de segunda língua, apesar de ser um grande diferencial.

Tenho alunos em todos os locais, no Japão, por exemplo. O mercado existe tanto fora quanto dentro do Brasil. Para se ter uma idéia, a aviação doméstica no Brasil teve um crescimento de 30% este ano em relação ao ano passado, que já cresceu 10%. Números bons mesmo depois da marolinha”, informou Cardoso, ironizando uma declaração do presidente Lula no início da crise financeira mundial.

SALÁRIOS

De acordo com Hilária Pimenta, em início de carreira o salário de um piloto particular, de aviões menores de motor, podem alcançar R$ 4.000. “Subindo na profissão, as empresas comerciais podem pagar até R$ 15.000 a um comandante.

As de fora pagam mais”, diz. No caso de comissários de bordo, as remunerações são menores, mas nem por isso menos atrativas. “Além do salário, o comissário recebe auxílio moradia, diária em euro ou dólar, e os salários chegam a R$ 3.000 numa companhia aérea brasileira. Fora, pode-se atingir uma remuneração de até US$ 4.000. São salários atrativos para pessoas que possuem segundo grau completo”, defende Cardoso Jr.

CURSO DE PILOTO EXIGE UM BOM INVESTIMENTO


Vistas como profissões charmosas, as atividades ligadas à aviação comercial exigem uma formação completa de quem pretende segui-las, mas há algumas limitações. Para ser comissária de bordo, por exemplo, a interessada não pode ter mais de 36 anos de idade, além disso, moças menores que 1,58 metros não têm chances de ingressar na carreira, assim como rapazes menores de 1,65.

O investimento para fazer os cursos preparatórios também se configuram como limitadores. No Recife, o Aeroclube cobra R$ 2.200 para aulas de comissários e R$ 1.600 para piloto privado e R$ 2.000 para piloto comercial, fora as horas de voo obrigatórias que custam R$ 240 cada. Para se ter uma idéia, para tirar o brevê de piloto privado o aluno precisa de 35 horas de voo, ou seja, um investimento mínimo de R$ 8.400.

Para se tornar piloto a pessoa precisa de dois anos, para cumprir a etapas de testes da Anac e as horas de voos obrigatórias. O curso de comissário dura cerca de quatro meses e passa por conhecimentos teóricos do tripulante brasileiro e treinamento de sobrevivência na selva, combate ao fogo e sobrevivência no mar. Tanto o Ceab, localizado em São Paulo, quanto o Aeroclube de Pernambuco estão com vagas abertas.

“Para se tornar um piloto privado o candidato tem de passar por cinco etapas. Primeiro faz o curso, que terminei agora, em seguida faz a prova da Anac sobre cinco disciplinas: Regulamento de tráfego aéreo, Navegação, Teoria de voo, Meteorologia e Conhecimento técnico de motores aeronáuticos.

Essa prova é feita online, agenda a data e recebe o resultado no mesmo dia. Depois cumpre-se a carga mínima de 35 horas de vôo”, explica Tardelle Costa. Hilária comenta que os procedimentos básicos dos aviões de motores são os mesmos dos aviões a jato, e que ao ser contratado por uma empresa comercial, o piloto faz curso específico para a máquina que vai pilotar: Boeing, Airbus e outros.

Leonardo Spinelli
lspinelli@jc.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Site próprio do Cientista Herbert Alexandre Galdino Pereira da área de Eletromagnetismo Aplicado e Aviónica.

http://www.cientistaherbertalexandre.com/