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terça-feira, 20 de outubro de 2009

NORDESTE - PARA O SERTANEJO, LULA É O SALVADOR


Os três dias de visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a municípios do Sertão Pernambucano (Custódia/Sertânia, Floresta, Cabrobó e Salgueiro) para vistoriar as obras da transposição do rio São Francisco revelaram uma relação do povo dessa região com o petista que ultrapassa a mera compreensão que ali estavam governante e governados.

A ideia de que o gestor realmente epresenta essa gente por ter a mesma origem ganha força e amplifica essa ligação quando associada aos programas assistências de seu Governo, aliado ainda às obras com caráter inclusivo. Conjunto que, para muitos, já transforma o presidente Lula em uma espécie de mito.

Para al­guns dos as­sis­ti­dos por pro­gra­mas como o Bolsa Família, o pre­si­den­te Lula acaba dei­xan­do de ser ape­nas o chefe do Executivo para se tor­nar o sal­va­dor de uma si­tua­ção que beira a mi­sé­ria total. A dona de casa, Renilda Oliveira, 32 anos, que é mo­ra­do­ra do mu­ni­cí­pio de Cus­tódia, tem cinco fi­lhos e re­ce­be R$ 122 do au­xí­lio, e como o seu com­pa­nhei­ro não pode tra­ba­lhar por ser por­ta­dor de de­fi­ciên­cia vi­sual, esse di­nhei­ro é a única forma que ela pos­sui para com­prar ali­men­to e sus­ten­tar a casa. Tanto que, toda vez que o pre­si­den­te apa­re­ce na te­le­vi­são, Re­nilda pede aos fi­lhos que “deem a bên­ção ao pai deles”.

“O pre­si­den­te Lula é o pai deles. É ele que man­tém a nossa casa. É ele que nos ajuda a com­prar co­mi­da todo mês. Primeiro, é Deus no Céu e, de­pois, o Lula na Terra. Se não fosse por ele, eu não po­de­ria cui­dar dos meus fi­lhos. Teria que deixá-los so­zi­nhos em casa para tra­ba­lhar nas co­zi­nhas dos ou­tros e ga­nhar R$ 80 por mês. Menos que o Bolsa Família. Ele nos sal­vou”, exal­tou Renilda. A dona de casa re­ve­lou ainda que tem medo de que o pró­xi­mo go­ver­nan­te do País não dê pros­se­gui­men­to às po­lí­ti­cas as­sis­ten­cia­lis­tas da atual ges­tão. Receio que a mo­ti­va a votar no can­di­da­to, seja ele qual for, in­di­ca­do pelo pre­si­den­te Lula. “Eu vou votar na Dilma. Ela é a can­di­da­ta de Lula, né? Se for outro, vou votar nesse. Não im­por­ta quem é. O que vale é que seja al­guém da con­fian­ça de Lula e que faça por nós o que ele vem fa­zen­do com todo amor. Ele é o pai do Brasil”, atri­buiu.

Pensamento que conta com a sim­pa­tia da ar­ru­ma­dei­ra Maria de Lima Pereira, de 43 anos. Ela tra­ba­lha num hotel às mar­gens de uma ro­do­via e só con­se­gue ga­ran­tir o pa­ga­men­to de suas con­tas com a ajuda do Bolsa Família. “Eu ganho meu di­nhei­ri­nho aqui (pouco menos de um sa­lá­rio mí­ni­mo) e só con­si­go qui­tar al­gu­mas coi­sas. Se não fosse o Bolsa Família não teria como com­prar o res­tan­te. A feira é feita com ele. Assim que re­ce­bo vou fazer com­pras”, re­ve­lou.

Faxineira tam­bém segue a tese de que o pre­si­den­te Lula “tem que con­se­guir ele­ger quem ele quer”. Conforme Maria, só um nome in­di­ca­do pelo pe­tis­ta teria a “obri­ga­ção” de man­ter o Programa Bolsa Família. “Eu nem sei quem ele vai ­apoiar. E acho que só vou ficar sa­ben­do disso na elei­ção. Mas tem que ser essa pes­soa para o Brasil con­ti­nuar com al­guém que olhe de ver­da­de para os po­bres. Tem que ser um outro como Lula. Alguém que goste da gente so­fri­da”, afir­mou.

(Folha de Pernambuco)

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